domingo, 24 de dezembro de 2017

SNI - olhos e ouvidos da ditadura


Descrição para cegos: símbolo do Serviço Nacional de Informações. Consiste nas iniciais SNI colocadas nos intervalos de 4 formas reproduzindo as colunas do Palácio da Alvorada.


Por Marina Ribeiro 


Menos de três meses após o golpe militar, em 13 de junho de 1964, foi criado o Serviço Nacional de Informações (SNI). Esse órgão, diretamente ligado à Presidência da República, funcionava como uma rede de espionagem, com poder absoluto e agências espalhadas em vários estados. Além das agências, havia também escritórios que facilitavam a troca de informações.
O primeiro chefe do SNI foi seu idealizador, o general Golbery do Couto e Silva. Dois presidentes militares dirigiram o SNI: João Figueiredo (comandou a Agência Central) e Emílio Médici (foi chefe do órgão).

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Músicas nunca cantadas

Descrição para cegos: foto de mão tocando as
cordas de um violão.
Por Bruna Ferreira

Na segunda metade de 2016, documentos do acervo musical submetido à ditadura começaram a ser digitalizados e disponibilizados na internet. Entre eles foram encontradas músicas inéditas de Djavan.

Negro seria a única música do artista que abordaria o racismo explicitamente. Composta por volta de 1974 para seu primeiro disco, foi enviada ao produtor musical Aloysio de Oliveira, e não chegou a ser incluída no LP.
Até então, Djavan acreditava que o produtor não havia selecionado a música, quando na verdade ela foi vetada pela censura. Ocorre que, naquela época, todas as músicas a serem gravadas precisavam, antes, autorização do Departamento de Censura e Diversões Públicas da Polícia Federal. O veto foi justificado pelos censores por “trazer à tona o problema racial”.
Veja um trecho da letra de Negro:

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Metáforas


Descrição para cegos: desenho de um punho fechado.

Por Thalany Lima
Toda uma repressão,
Não se podia dar opinião.
Censurados!
Mortos e torturados.
Como falar sem ser repreendido?
Como ter liberdade de expressão?
O povo brasileiro não desiste.
Há sempre um jeitinho brasileiro,
De ir em busca de justiça,
De lutar pelos direitos.
Até na dor daqueles 21 anos,
Foram tantos poetas,
Tantas melodias criadas em meio ao caos,
Metáforas que davam voz ao povo,
Que não o deixavam calar.
A luta assídua,
Camuflada de sabedoria.
Deu força à nação.


sábado, 16 de dezembro de 2017

Gilberto Gil explica a música "Cálice"


Descrição para cegos: imagem mostra um verso da música Cálice: “Pai, afasta de mim esse cálice” escrito em papel envelhecido.


O canal de Valéria Diniz, ligado à música, disponibiliza um vídeo em que Gilberto Gil conta a história da composição da música Cálice, dele e Chico Buarque. Gil revela o significado das metáforas e como surgiram no processo de criação. Ele também fala da sua dificuldade de, ainda hoje, lidar com essa canção que faz referências ao sofrimento das pessoas durante os anos de chumbo. No vídeo ainda é possível assistir a um fragmento da tentativa dos autores de apresentarem a música em no show Phono 73, quando o som dos microfones foi cortado. Clique aqui para ver o vídeo. (Thalany Lima)

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Advogados Contra a Ditadura

Descrição para cegos: imagem do filme com o título
Os Advogados Contra a Ditadura - Por uma Questão
de Justiça estampado sobre foto de rostos desfocados.
A palavra “ditadura” contrasta das demais, escrita
na simulação de uma mancha de sangue.

Por Bruna Ferreira                                                              

“Os advogados contam a face mais suja do regime”. A frase do documentário Os Advogados Contra a Ditadura: Por uma Questão de Justiça, com direção de Silvio Tendler, é a que melhor explica a importância do documentário.
O filme propõe uma reflexão sobre o papel desses profissionais contra o autoritarismo e na defesa pela liberdade. A combinação de depoimentos de advogados que atuaram durante o regime militar em defesa de presos políticos com registros fotográficos e documentos da época consegue transmitir ao espectador tanto o sentimento pessoal de cada um, como a situação geral em que eles, enquanto categoria profissional, se encontravam.
A narrativa segue a ordem cronológica dos eventos: tem início com depoimentos sobre o início da ditadura e prossegue até a abertura com a lei de anistia. O documentário mostra que dentro da categoria, dependendo da situação e da defesa em que estavam empenhados, os advogados sofriam mais ou menos repressão. Os mais perseguidos eram os que atuavam na defesa dos camponeses.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

O atraso causado pela ditadura na resistência LGBT

Descrição para cegos: foto da bandeira do movimento
LGBT, formada por faixas horizontais com as cores do
arco íris, levantada em um mastro e balançando com
vento.
Por Bruna Ferreira


Por volta dos anos 60, movimentos de liberação sexual ganharam força na Europa e nos Estados Unidos. Apesar do discurso proposto por esses grupos repercutir no Brasil, o período foi marcado pela repressão aos grupos de resistência LGBT que tentavam se organizar.
O Estado exigia que os cidadãos seguissem um padrão de moral conservador e fez com que homossexuais e travestis fossem perseguidos e presos por policiais, sob a alegação de defesa da moralidade defendida pelo governo. A comunidade LGBT vivia, assim, um medo constante.
A moral defendida pelo Estado foi usada também como pretexto para censurar as artes com temática LGBT. A televisão, meio de comunicação mais massificado na época, era que sofria mais censura, pois os militares acreditavam que a abordagem de temas ligados à homossexualidade podia corromper os jovens, além de associar o tema a pornografia.

domingo, 10 de dezembro de 2017

Gaiola

Descrição para cegos: desenho consta de uma gaiola à esquerda, da qual 8 pássaros saem voando para a direita.

Por Thalany Lima
Aprisionaram-me.
Torturaram-me.
A dor física,
E psicológica,
Presa num poço de desventura.
Minh’alma buscava algum refúgio,
Pensava nos laços de sangue,
Na vitória no fim dessa luta.
Tentaram-me calar,
Mudar o meu pensar,
Mas, eu...
Não sou passarinho que se cala,
Voo em bando,
Luto pra sobreviver,
Bato asas em meio à tempestade,
Pra no fim chegar à primavera,
Mais forte e mais sábia.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Ditadura militar e violência sexual


Descrição para cegos: foto de Glenda Mazarobba ao lado do seguinte texto: “mestre e doutora em Ciência Política pela USP, consultora do PNUD para a Comissão Nacional da Verdade”.

A violência sexual durante a ditadura é tema de uma vídeo disponibilizado no YouTube pelo canal Casa do Saber. Nesse vídeo, Glenda Mazarobba, mestre e doutora em Ciência Política, fala sobre a utilização desse recurso como instrumento de tortura contra mulheres pelas forças da repressão. Segundo Glenda, muitas vítimas foram molestadas nos cárceres da ditadura, mas não tinham noção de que se tratava de uma forma de violência sexual. Para assistir ao vídeo, clique aqui . (Thalany Lima)

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Operação Condor: cooperação pela repressão

Descrição para cegos: mapa da América do Sul,
com os nomes dos países dentro de seus territórios.
Por Marina Ribeiro


Na década de 1970, o Brasil não era a única ditadura na América do Sul. Nossos vizinhos Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai, além do Chile, também estavam sob governos militares.
A fim de aumentar a repressão aos inimigos desses regimes, uma aliança político-militar foi criada entre esses países no ano de 1975. Batizada de Operação Condor, em alusão à ave dos Andes, a aliança teve três principais fases.
Na primeira, houve a troca de informações entre os países; na segunda, começaram as trocas e execuções dos opositores que estivessem em qualquer um dos países-membros e, na terceira, houve perseguições e mortes dos inimigos no exterior.
O Brasil participou ativamente das duas primeiras fases, não havendo indícios suficientes que confirmem sua participação na morte de opositores fora do nosso continente.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Henning Boilesen: um financiador da tortura

Descrição para cegos: foto de Boilesen sentado, lendo discurso em uma folha de papel. Atrás dele aparecem algumas bandeiras. Ao alcance da sua mão, está uma taça com água.

Por Bruna Ferreira

         Henning Albert Boilesen, dinamarquês naturalizado brasileiro, ganhou seu lugar de importância no meio industrial principalmente por ser presidente da empresa Ultragás, uma das maiores distribuidoras de gás no país, nas décadas de 1970/80. Mas Boilesen também é uma da importante figura para entender como a classe empresarial estava financiando a ditadura no Brasil.
Assim como outros empresários ligados à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Boilesen foi um financiador da Operação Bandeirantes, a Oban, organizada em 1969 com o intuito de desarticular grupos revolucionários comunistas que surgiam na época, e cujo principal método usado para investigação desses grupos era a tortura.

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

“Apesar de você, amanhã há de ser outro dia...”

Descrição para cegos: capa do disco “Chico Buarque”, de 1978. Nela, em primeiro plano, Chico Buarque aparece sorrindo para a câmera e, atrás dele, algumas plantas.


Por Marina Ribeiro

Ao voltar ao Brasil em 1970, depois de um autoexílio na Itália, Chico Buarque encontrou um regime ainda mais repressivo, sob o governo do presidente Médici. Censura em todas as partes perseguiam compositores como ele. Enquanto isso, uma onda nacionalista crescia, representada por músicas como Eu te amo, meu Brasil, da dupla Dom & Ravel.

sábado, 18 de novembro de 2017

“Movimento” – um jornal pela democracia

Descrição para cegos: capa do jornal “Movimento”. Nela, há uma foto de um homem olhando diretamente para a câmera e acima a manchete “Como desapareciam os mortos da tortura”. Ao lado da foto, estão chamadas de outras matérias. Sobre o nome do jornal, há uma tarja preta onde se lê “Governo ganha por um triz”.
Por Marina Ribeiro

Criado como um “jornal de jornalistas”, sem a figura de um patrão, o jornal Movimento foi um dos mais importantes exemplos da imprensa alternativa na época da ditadura militar. Foi idealizado por alguns profissionais que haviam trabalhado em outro semanário alternativo, o jornal Opinião. Raimundo Rodrigues Pereira era seu editor-chefe e sua sede ficava na capital paulista. A primeira edição, que chegou às bancas em 7 de julho de 1975, contou com 70 colaboradores.

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

MPF denuncia genocídio indígena no Amazonas



Descrição para cegos: foto de vários integrantes do povo indígena olhando para câmera.

Em agosto deste ano, o Ministério Público Federal no Amazonas entrou na justiça cobrando indenização de 50 milhões de reais e um pedido de desculpas da União pelo genocídio em grande escala contra indígenas Waimiri-Atroari na época da ditadura. A violência aconteceu durante a construção da BR-174, que liga Manaus a Boa Vista, e que foi construída diante de forte resistência da etnia que ocupa a região. O MPF alega que entre as décadas de 70 e 80, a população indígena caiu de 3 mil para apenas 332 indivíduos. Confira a notícia aqui, no site da Agência Brasil(Carlos Germano)

terça-feira, 14 de novembro de 2017

A farsa de Quintino


Descrição para cegos: montagem com fotos das três vítimas e, abaixo de cada foto, o nome de uma delas. Foto: jornalistas.org.br

Por Marina Ribeiro

Avenida Suburbana 8.985, número 72, bairro de Quintino, Rio de Janeiro. Ali, em 29 de março de 1972, agentes do DOI-Codi foram recebidos a tiros ao entrar em um aparelho subversivo da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR- Palmares). Revidando em legítima defesa, os agentes mataram três militantes. Essa foi a versão oficial do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) na época. Porém, mais de 40 anos depois, a verdade veio à tona.

domingo, 12 de novembro de 2017

Ministro do STJ faz enquete sobre intervenção

Descrição para cegos: foto do resultado final da enquete no Twitter. Nela, consta a seguinte pergunta: "Você é o juiz: o Brasil deve sofrer intervenção militar?". Logo abaixo, aparece a porcentagem finalizada de votos, que é de 49% para sim e 51% para não.


Em meados de setembro, uma pergunta nada peculiar ganhou destaque no twitter do ministro do Superior Tribunal de Justiça, Og Fernandes. O magistrado questionava o seguinte: “O Brasil deve sofrer intervenção militar?”. Ganhando logo grande alarde na rede social, a questão foi alvo de duras críticas, como também não deixou de atrair aqueles que simpatizam com a suposta ideia da volta do regime militar. Em sua defesa, perante a repercussão negativa, o ministro alegou que foi simplesmente uma pergunta neutra, e que reflete uma temática atual do cenário político brasileiro. O caso foi tema de reportagem do Nexo Jornal. Para ler, clique aqui. (Carlos Germano)

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Estudo analisa atuação do ministério público em ações contra anistia de torturadores

Descrição para cegos: foto de Heloísa Clara sorrindo para a câmera.

O trabalho foi realizado por Heloísa Clara Gonçalves, no Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos da UFPB. A pesquisa estudou as ações judiciais propostas pelo Ministério Público contra militares que cometeram crimes na época da ditadura. Em 1979, já no findar do regime militar brasileiro, foi editada a Lei da Anistia. Ela perdoou os crimes considerados políticos e os crimes praticados por funcionários públicos e militares para manutenção do regime. A repórter Luciana Duarte entrevistou Heloísa Clara para o Espaço Experimental, programa que vai ao ar todos os sábados, na Rádio Tabajara AM (1.110 kHz), às 9 horas, produzido pela Oficina de Radiojornalismo do Curso de Jornalismo da UFPB. (Carlos Germano)

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

O atentado frustrado ao Riocentro

Descrição para cegos: cartaz do show que ocorreu no Riocentro em 30 de abril de 1981. No cartaz há o desenho de um homem cantando usando uma ferramenta como microfone além da lista dos artistas confirmados.

Por Marina Ribeiro


Na véspera do Dia do Trabalho de 1981, cerca de 20 mil jovens estavam no centro de convenções Riocentro, na capital fluminense, para um show de música popular brasileira que contava com artistas como Chico Buarque, Fagner, Luiz Gonzaga Jr., Elba Ramalho e Djavan. O show em comemoração aos trabalhadores poderia ter acabado de forma trágica.

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Da tortura à resistência


Descrição para cegos: foto da entrada do memorial, onde está escrito “Memorial da Resistência de São Paulo: conquistas e desafios” ao lado da marca da instituição, constituída de 3 linhas horizontais e 3 verticais, que sugerem grades e cruzes (de Larissa Isabelle Herrera Diaz).

Por Marina Ribeiro

A partir da década de 1920, vários estados brasileiros criaram seus órgãos de repressão a crimes políticos, tendo, quase sempre, a sigla Dops para designar Departamento (ou delegacia) de Ordem Política e Social. Sob o governo
O de São Paulo foi o mais conhecido. Durante o Estado Novo e, principalmente, o Regime Militar, o Dops paulista agiu com mais intensidade para reprimir os “inimigos do sistema”. Investigou e fiscalizou movimentos sociais, greves, sindicatos, manifestações, e prendeu aqueles que apresentavam riscos ao regime.

terça-feira, 26 de setembro de 2017

O calvário de Frei Tito


Descrição para cegos: foto de Frei Tito
olhando para a câmera.

 Por Marina Ribeiro




Nascido em Fortaleza, Tito de Alencar Lima mudou-se para Recife em 1963, com apenas 18 anos, para assumir a direção da Juventude Estudantil Católica. Em 1966, entrou para o noviciado dos dominicanos em Belo Horizonte e, no ano seguinte, foi estudar Filosofia na USP.
       Em 1968, Tito foi preso por sua participação em um congresso clandestino da União Nacional dos Estudantes (UNE), no interior de São Paulo. Perseguido pela repressão militar, foi preso novamente em novembro de 1969, acusado de colaborar com Carlos Marighella, um dos líderes do movimento contra a ditadura. Levado para o Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) pelo delegado Sergio Fleury, ele foi torturado por 30 dias, antes de seguir para o Presídio Tiradentes.

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Ministério Público refuta intervenção militar

Descrição para cegos: foto mostra 3 soldados equipados para combate observando o movimento de uma rua. Ao fundo, vê-se o prédio do Congresso Nacional.


No início desta semana, o general Antônio Hamilton Mourão fez uma declaração afirmando que o Exército poderia agir, através de uma intervenção militar, caso a atual situação política não fosse resolvida pelo poder Judiciário. Na quarta-feira (20/09), a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PDFC) retrucou com uma nota pública chamando a atenção sobre os limites constitucionais das Forças Armadas. Leia a nota completa clicando aqui. (Bruna Ferreira)

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

“Mataram um estudante. Podia ser seu filho!”

Descrição para cegos: foto de estudantes carregando o caixão de Edson Luís. O caixão está coberto com a bandeira brasileira e, sobre esta, algumas flores.

                                          Por Marina Ribeiro



Em 28 de março de 1968, policiais armados invadiram o restaurante estudantil Calabouço, no Rio de Janeiro, onde estudantes protestavam contra a má qualidade da comida. Era o quarto ano do regime militar e a tensão com os civis só aumentava. Na invasão, o estudante paraense Edson Luís de Lima Souto, de 18 anos, foi morto com um tiro a queima roupa. A fim de impedir que os policiais sumissem com o corpo, seus colegas o carregaram até a Assembleia Legislativa, onde foi velado. No velório cobriram seu corpo com a bandeira brasileira e cartazes de protesto contra a violência policial e a ditadura.

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Livro discute escrachos de torturadores

Descrição para cegos: foto de Ana Paula Brito compondo uma imagem em que sua imagem se funde à capa do livro. Esta tem na sua metade superior a foto de um jovem se preparando para pular um muro cheio de pichações. Na inferior, constam o nome da obra e de sua autora.

A obra, resultante da dissertação de mestrado em Memória Social e Patrimônio Cultural da historiadora Ana Paula Brito, foi lançada no dia 19 de julho na UFPB. Na ocasião, a autora proferiu a palestra de abertura do período letivo do Curso de História. O livro Escrachos aos Torturadores da Ditadura foi lançado pela Editora Expressão Popular e terá a venda revertida para o movimento Levante Popular da Juventude. O repórter Gabriel Costa entrevistou Ana Paula Brito sobre seu livro e os escrachos dos torturadores para o Espaço Experimental, programa da Oficina de Radiojornalismo do Curso de Jornalismo da UFPB, que vai ao ar todos os sábados, na Rádio Tabajara AM (1.110 kHz), às 9 horas. (Marina Ribeiro)

sábado, 5 de agosto de 2017

Ñasaindy Barrett de Araújo, a filha de Soledad (ed. 29/7/2017)

Descrição para cegos: foto de Ñasaindy no estúdio, falando ao microfone.

           Ela nasceu em Cuba, veio para o Brasil aos 11 anos e durante muito tempo viveu sem a documentação que refletisse sua verdadeira filiação: José Maria Ferreira de Araújo, de família paraibana, e Soledad Barrett Viedma, paraguaia, ambos mortos pela ditadura. Os impactos e encontros que a vida lhe trouxe, Ñasaindy transformou em poesia, que ela reuniu no livro Do que foi pra ser Agora, em pré-venda pela Editora Mondrongo. Sobre o livro, sua história e a dos seus pais, Ñasaindy foi entrevistada para o Espaço Experimental pela repórter Marina Cabral.O programa é uma produção da Oficina de Radiojornalismo do Curso de Jornalismo da UFPB e vai ao ar na Rádio Tabajara AM (1.110 KHz) todos os sábados, às 9h. (Bruna Ferreira)


quinta-feira, 20 de julho de 2017

Vladimir Herzog - 80 anos

Descrição para cegos: foto de escultura da Câmara Municipal de São Paulo em homenagem ao jornalista Vladimir Herzog. É a silhueta de um homem com braços levantados e a face virada para cima.

Por Matheus Couto 

Nascido Vlado Herzog em 1937 na cidade de Osijsk, Iugoslávia, Vladimir Herzog foi jornalista e professor da USP. Migrou para São Paulo com sua família fugindo do nazismo, e lá naturalizou-se brasileiro.  
Com o golpe em 64, Vladimir resolveu viajar à Inglaterra com sua esposa, onde trabalhou na BBC e teve dois filhos. Voltou, então, em 1968 e foi Secretário de Cultura em São Paulo em 1975, ano que em que viria a morrer e se tornar um mártir da história brasileira. 

domingo, 16 de julho de 2017

Quem era o menino chamado Vlado?

Descrição para cegos: duas ilustrações. A primeira mostra
um menino com pássaro pousado na mão esquerda 
e a segunda mostra uma mulher de braços dados 
com um homem que segura o menino no colo.

O livro Um Menino chamado Vlado é uma obra voltada para o público infanto-juvenil e de autoria da jornalista e pós-doutora em História Marcia Camargos. A ideia dessa biografia surgiu do desejo de explicar para crianças e adolescentes o que foi a ditadura militar tendo a história de Vladimir Herzog como fio condutor. Em uma matéria feita pela Equipe do Instituto NET Claro Embratel, a autora comenta como a obra foi construída. Para ter acesso à matéria, clique aqui. (Cibelle Torres)

sexta-feira, 14 de julho de 2017

A segurança privada na ditadura

Descrição para cegos: imagem de um recorte de jornal mostra o primeiro-tenente da 
Marinha Gama Lima em seu escritório em uma matéria publicitária sobre
 a empresa Agents. O texto fala de espionagem, violência e segurança.
A estrutura do Estado não foi a única a violar os direitos humanos durante o Regime Militar no Brasil. Os agentes de segurança privada também participaram de sessões de tortura, assassinato e desaparecimentos. Muitos deles eram egressos das Forças Armadas, como o capitão Fernando Pessoa de Rocha Paranhos, que comandou o Centro de Inteligência da Marinha (Cenimar) de 1968 a 1971. Ele é apontado pela Comissão Nacional da Verdade (CNV) como um dos envolvidos no sequestro do paraibano João Roberto Borges de Souza, estudante e militante do PCB, ocorrido em 7 de outubro de 1969. Saiba mais nesta reportagem da Agência Pública. (Marcella Machado)

terça-feira, 11 de julho de 2017

Dois dedos: um da vida, outro da morte

Descrição para cegos: capa do disco Pelas Ruas,
 de Carlinhos Vergueiro, na qual aparece seu rosto
 em close.
Por Rebeca Neto
  
Os anos 60 marcam o ponto alto da Música Popular Brasileira. A crise política que o país enfrentava e a intensa repressão foram o terreno fértil em que floresceram artistas que são, hoje, consagrados.
Em 1977, em parceria, Carlinhos Vergueiro e J. Petrolino, compuseram uma música que revive esse grande momento da MPB. Conhaque retoma os tempos de festivais da canção popular do final dos anos 60 e de confrontos políticos. Para isso, os autores trabalharam a canção fazendo referências às músicas que marcaram a época.
Como uma bebida quente sendo tomada num rigoroso inverno, Conhaque retrata um tempo de vândalos nas madrugadas, de alegrias, travessias e correrias desesperadas: a Ditadura.

terça-feira, 4 de julho de 2017

Comissão Camponesa da Verdade

Descrição para cegos: foto da professora Ana Paula Romão, à esquerda,
  e do professor Eduardo Fernandes, à direita, durante a entrevista. 
No campo, assassinatos, torturas, prisões arbitrárias e desaparecimentos vitimaram lideranças camponesas que despontavam na luta pela reforma agrária, e essa violência começou antes mesmo do golpe de 1964. Com a ditadura, os desmandos se acirraram e o número de vítimas ainda é incerto. Foi com o objetivo de tentar aclarar mais essa história que atuou a Comissão Camponesa da Verdade. Ouça a entrevista que fiz com os professores Ana Paula Romão e Eduardo Fernandes, integrantes dessa comissão, para o programa Espaço Experimental, que vai ao ar todos os sábados, às 9 horas, na Rádio Tabajara AM (1.110 kHz) produzido pela Oficina de Radiojornalismo do Curso de Jornalismo da UFPB. (Marisa Rocha)