quarta-feira, 22 de junho de 2016

Militar nomeado por Temer é crítico ferrenho da Comissão da Verdade


Descrição para cegos: foto mostra Sérgio Etchgoyen, ladeado à direita pelo presidente interino Michel Temer e, à esquerda, por um auxiliar do governo, em reunião.

Por Iago Sarinho
Instalada oficialmente em 12 de maio de 2012, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) publicou seu relatório final no dia 10 de dezembro de 2014. No decorrer desse processo de investigação, recolhimento de depoimentos e levantamento de dados, além da reconhecida atuação no restabelecimento da memória e verdade relativa ao período da ditadura militar brasileira, encontrou em seu caminho opositores e críticos, estes, normalmente ligados à famílias de acusados e investigados pela comissão.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Afonsinho, Nei e Caju: os desobedientes civis

Descrição para cegos: mostra, da esquerda para a direira, os jogadores Afonsinho, Paulo Cézar Cajú e Nei da Conceição com a frase "Barba, Cabelo e Bigode" escrita no centro da imagem. 
Por Edgley Lemos

Dentro de campo o trio formado pelos meias Afonsinho e Nei Conceição, além do atacante Paulo Cézar Caju, foi bicampeão carioca em 1967 e 68 e campeão da Taça Brasil de 1968. Fora dos gramados, eles eram considerados subversivos por suas posturas contestadoras diante da crescente influência do regime militar na gestão do futebol brasileiro. A história virou filme pelas mãos e o olhar do diretor Lucio Branco e chegou às telas recentemente.
Não é segredo que durante a ditadura militar brasileira os generais utilizaram o futebol como meio de promoção e de fortalecimento da estrutura de poder do regime. Fato parecido, aliás, aconteceu em outras ditaduras da América do Sul, o chamado Cone Sul, como na Argentina, Chile e Bolívia, por exemplo.

sábado, 18 de junho de 2016

Zuzu Angel: vida que permanece

Descrição para cegos: a foto mostra Zuzu Angel sentada numa mesa de centro com revistas ao seu redor.

Por Samara Mello

No dia 5 de junho, Zuzu Angel completaria 95 anos. Estilista e mãe, foi uma mulher com uma força e coragem singular. Nascida em Curvelo, Minas Gerais, mudou-se ainda criança para Belo Horizonte e lá começou os seus passos na costura criando roupas para as primas. Na juventude morou na Bahia, de onde carregou as cores e vibrações para suas criações. Depois de alguns anos, instalou-se no Rio de Janeiro com o marido e o primeiro filho, Stuart, e investiu tudo que podia em uma loja de roupas em Ipanema. Zuzu colocava em suas roupas elementos tradicionais da cultura brasileira e de seu folclore, como as rendas, chitas e estampas com imagens que remetiam à fauna brasileira.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Como a OAB mudou de posição perante a ditadura

Descrição para cegos: A foto mostra a aluna do curso de Direito Stephany  Yohanne, que pesquisou a atuação da OAB durante a ditadura (Foto: Felipe Ramos/Espaço Experimental) 
De apoiadora do Golpe Militar de 1964 a ferrenha crítica do regime. Essa foi a trajetória da Ordem dos Advogados do Brasil, a OAB, durante os anos de chumbo. Mas se no início a entidade apoiou o golpe por influência dos seus presidentes da época, quando o jogo virou e a Ordem passou a ser alvo de perseguição por parte do governo dos militares, a instituição teve papel fundamental na retomada dos direitos retirados pelos atos institucionais e também no processo de redemocratização. O papel da instituição durante a ditadura militar foi objeto de estudo de diversos pesquisadores por todo o país. Uma delas foi a aluna Stephany Yohanne, do curso de Direito da Faculdade Leão Sampaio, de Juazeiro do Norte. Ela foi entrevistada pelo programa Espaço Experimental e explicou um pouco do que conseguiu levantar de informações sobre a atuação da OAB durante esse período obscuro da história do nosso país. Confira a entrevista concedida por Stephany ao repórter Felipe Ramos aqui. (Edgley Lemos)

sexta-feira, 3 de junho de 2016

IV Colóquio sobre Memória e Verdade - com a professora Monique Cittadino

Descrição para cegos: foto mostra a professora Monique e a câmera
filmando-a, com ela aparecendo no visor

A professora Monique Cittadino foi a convidada da turma de Jornalismo e Cidadania da Universidade Federal da Paraíba para o IV Colóquio sobre Memória e Verdade. O encontro aconteceu no dia 6 de abril de 2016, e nele foram discutidas, entre outros temas, a atuação das Comissões da Verdade pelo país, a importância de se levar para as salas de aula as informações coletadas pelas comissões e um paralelo entre o contexto político e histórico do período pré-golpe de 1964 e a instabilidade política vivida atualmente, com a tentativa de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Monique Cittadino é chefe do Departamento de História da UFPB e integra a Comissão Municipal da Verdade. Graduada em História pela Universidade Federal da Paraíba, também é mestre em Ciências Sociais pela UFPB e é doutora em História pela USP. Tem experiência na área de História do Brasil, com ênfase em História da Paraíba, atuando principalmente com estudos sobre o período do regime militar iniciado em 1964. O Colóquio foi organizado por Edgley Lemos, Iago Sarinho e Samara Mello.

CONFIRA O COLÓQUIO NA ÍNTEGRA:


1 - Comissões da verdade

A professora faz um balanço da atuação das Comissões da Verdade em âmbitos nacional, estadual e municipal.


quarta-feira, 1 de junho de 2016

Michel Temer quebra a autonomia da EBC

Por Iago Sarinho

Descrição para cegos: a imagem mostra o Diário Oficial da União com a Exoneração de Ricardo Melo do Cargo de Diretor Presidente da EBC circulada em vermelho.

Criada através do decreto nº 6.246 de 24 de outubro de 2007, a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) controla uma rede de emissoras de radiodifusão públicas e de caráter educativo. A EBC aglomera em sua estrutura e sob a sua responsabilidade, entre outros veículos, a TV Brasil, a Agência Brasil e a TV NBR.
O estatuto social da empresa, regulamentado pelo decreto nº 6.689 em dezembro de 2008, determina um mandato de quatro anos para o Diretor Presidente, designado pela Presidência da República. É fixo e não pode coincidir com o mandato presidencial, de modo que se possa preservar a estrutura e linhas editoriais da empresa e seus veículos de forma minimamente independente do comando central da república e de eventuais modificações oriundas de processos eleitorais.