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Descrição para
cegos: símbolo do Serviço Nacional de Informações. Consiste nas iniciais SNI
colocadas nos intervalos de 4 formas reproduzindo as colunas do Palácio da
Alvorada.
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Por Marina Ribeiro
Menos de três meses após
o golpe militar, em 13 de junho de 1964, foi criado o Serviço Nacional de
Informações (SNI). Esse órgão, diretamente ligado à Presidência da República,
funcionava como uma rede de espionagem, com poder absoluto e agências
espalhadas em vários estados. Além das agências, havia também escritórios que
facilitavam a troca de informações.
O primeiro chefe do
SNI foi seu idealizador, o general Golbery do Couto e Silva. Dois presidentes
militares dirigiram o SNI: João Figueiredo (comandou a Agência Central) e
Emílio Médici (foi chefe do órgão).
O SNI mantinha
vigilância de cidadãos brasileiros dentro e fora do país, atuando nas
embaixadas através do Centro de Informações do Exterior (CIEx). Em todos os
órgãos da administração federal havia setores ligados à agência, inclusive nas
universidades, onde funcionavam as Assessorias de Segurança e Informação. À
frente desses setores estavam, geralmente, um militar da reserva.
Além de trocas de
informações, o SNI atuava no monitoramento e perseguição aos setores de
oposição, armazenando fichas das pessoas consideradas suspeitas.
Para desempenhar seu
trabalho, os agentes conhecidos como secretas
(agentes treinados pelo SNI que se infiltravam em vários setores públicos e
privados) e os chamados cachorros
(voluntários que faziam o serviço esperando algum tipo de favor), utilizavam
grampos telefônicos, censura postal e coleta de documentos.
Um dos principais
pilares da Ditadura militar, o SNI foi extinto em 15 de março de 1990, no
governo Fernando Collor.
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