Por Marina Ribeiro
A partir da década de 1920, vários estados
brasileiros criaram seus órgãos de repressão a crimes políticos, tendo, quase
sempre, a sigla Dops para designar Departamento (ou delegacia) de Ordem
Política e Social. Sob o governo
O de São Paulo foi o mais conhecido. Durante
o Estado Novo e, principalmente, o Regime Militar, o Dops paulista agiu com
mais intensidade para reprimir os “inimigos do sistema”. Investigou e
fiscalizou movimentos sociais, greves, sindicatos, manifestações, e prendeu aqueles
que apresentavam riscos ao regime.
Na época da ditadura, uma parte do prédio
onde funcionava o DOPS-SP tornou-se uma prisão, onde muitos foram torturados e
mortos.
Extinto em março de 1983, 26 anos depois, o
mesmo local que fora usado para tortura e repressão transformou-se no Memorial da Resistência de São Paulo,
uma iniciativa conjunta do governo estadual e de ex-presos políticos que passaram
por lá. No Memorial são realizadas atividades e exposições sobre a história do
departamento, com depoimentos e fotos dos presos, a fim de não deixar cair no
esquecimento um capítulo tão vergonhoso da nossa história e nem dos que
sofreram nas celas improvisadas daquele mesmo edifício.
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