quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Da tortura à resistência


Descrição para cegos: foto da entrada do memorial, onde está escrito “Memorial da Resistência de São Paulo: conquistas e desafios” ao lado da marca da instituição, constituída de 3 linhas horizontais e 3 verticais, que sugerem grades e cruzes (de Larissa Isabelle Herrera Diaz).

Por Marina Ribeiro

A partir da década de 1920, vários estados brasileiros criaram seus órgãos de repressão a crimes políticos, tendo, quase sempre, a sigla Dops para designar Departamento (ou delegacia) de Ordem Política e Social. Sob o governo
O de São Paulo foi o mais conhecido. Durante o Estado Novo e, principalmente, o Regime Militar, o Dops paulista agiu com mais intensidade para reprimir os “inimigos do sistema”. Investigou e fiscalizou movimentos sociais, greves, sindicatos, manifestações, e prendeu aqueles que apresentavam riscos ao regime.


Na época da ditadura, uma parte do prédio onde funcionava o DOPS-SP tornou-se uma prisão, onde muitos foram torturados e mortos.
Extinto em março de 1983, 26 anos depois, o mesmo local que fora usado para tortura e repressão transformou-se no Memorial da Resistência de São Paulo, uma iniciativa conjunta do governo estadual e de ex-presos políticos que passaram por lá. No Memorial são realizadas atividades e exposições sobre a história do departamento, com depoimentos e fotos dos presos, a fim de não deixar cair no esquecimento um capítulo tão vergonhoso da nossa história e nem dos que sofreram nas celas improvisadas daquele mesmo edifício.

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