O curso Histórias Vivas – O histórico de resistência das favelas do Rio de Janeiro relembra histórias de remoções forçadas na cidade. O objetivo da formação, que aconteceu no Museu da Maré em novembro, foi mostrar o surgimento das comunidades, quem foram os desaparecidos políticos favelados e onde moravam. Um documento da Comissão Estadual da Verdade do Rio revela que 100 mil pessoas foram retiradas de suas casas, muitas delas sob violência policial. O site Voze Rio divulga algumas histórias, além de dados das remoções e comentários de historiadores sobre a atuação policial na ditadura e nas décadas posteriores. Para ler, clique aqui. (Marina Cabral)
sexta-feira, 16 de dezembro de 2016
Curso lembra remoções forçadas de favelas
O curso Histórias Vivas – O histórico de resistência das favelas do Rio de Janeiro relembra histórias de remoções forçadas na cidade. O objetivo da formação, que aconteceu no Museu da Maré em novembro, foi mostrar o surgimento das comunidades, quem foram os desaparecidos políticos favelados e onde moravam. Um documento da Comissão Estadual da Verdade do Rio revela que 100 mil pessoas foram retiradas de suas casas, muitas delas sob violência policial. O site Voze Rio divulga algumas histórias, além de dados das remoções e comentários de historiadores sobre a atuação policial na ditadura e nas décadas posteriores. Para ler, clique aqui. (Marina Cabral)
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terça-feira, 13 de dezembro de 2016
A ditadura por Urariano Mota no Ocupa UFPE
Descrição para cegos: O escritor Urariano sentado em uma carteira escolar, gesticulando enquanto fala. |
Dentro da programação da ocupação das universidades, muitos intelectuais
têm sido recebidos pelos estudantes para diálogos sobre a realidade. Em
novembro, o movimento Ocupa UFPE
recebeu escritor e jornalista Urariano Mota, que falou sobre a dificuldade da
escrita verídica dos acontecimentos na época da ditadura e o trabalho na
imprensa. Entre os assuntos abordados, o despreparo dos jornalistas para
abordar o tema da ditadura, mesmo alguns que viveram aquela época, a
autobiografia de Fernando Gabeira, a entrevista de Geneton de Moraes Neto com
Geraldo Vandré e a entrevista do Cabo Anselmo no Roda Viva. Para assistir à
palestra, clique aqui. (Marina
Cabral)
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sexta-feira, 9 de dezembro de 2016
Pesquisa revela atuação do DOPS na ditadura
Descrição para cegos: a imagem mostra várias fichas criminais com fotos de presos segurando uma placa com número de identificação. |
Na história da repressão aos movimentos sociais do
Brasil, a sigla tem lugar destacado, mas não de forma relevante. DOPS podia
denominar “departamento”, “delegacia” ou “divisão”, seguindo-se o complemento
“de Ordem Política e Social”. Tanto no Estado Novo quanto na ditadura militar,
tinha como competência o controle da produção de conteúdo e a repressão aos
movimentos de oposição, muitas vezes transgredindo até a legislação do regime
de exceção. No site do Jornal da UEM (Universidade Estadual de Maringá) está
disponível uma matéria falando sobre
a organização e funcionamento desse órgão de controle social. (Gabriela
Güllich)
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terça-feira, 6 de dezembro de 2016
As filhas e os filhos das vítimas da ditadura
Descrição para cegos: Foto em preto e branco com quatro crianças posando para um fotógrafo. Pelas vestes, vê-se que é uma foto antiga. |
Durante
a ditadura militar, crianças foram conduzidas
para o
local de tortura do seu pai ou sua mãe para servirem como
instrumeto de pressão
adicional. Por isso, filhos de militantes ingressaram em um mundo de
medo, fuga, perseguições e clandestinidade. Em seu
depoimento tocante para a Carta Maior, Milton Pomar descreve sua infância e
adolescência durante os
anos de repressão. O testemunho de Milton traz uma perspectiva necessária
para memória e verdade do nosso povo. Para ler o texto na íntegra, acesse o site. (Marina Cabral)
sábado, 3 de dezembro de 2016
Como beber dessa bebida amarga?
Descrição para cegos: a imagem mostra um desenho com o busto de Elizabeth Teixeira respingado com vinho. Por cima do papel está uma taça de vinho caída. |
Por Gabriela
Güllich
“Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Como beber dessa bebida amarga
Tragar a dor, engolir a labuta
Mesmo calada a boca, resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta”
A música de Chico Buarque e Gilberto Gil sintetiza uma súplica por algo que se deseja ver à distância. Esse pedido serve tanto para o “cálice” de vinho tinto de sangue das vítimas de tortura, quanto para o “cale-se” imposto pela repressão. Seguindo a metáfora da música, a matéria apresenta uma série de ilustrações feitas em nanquim e vinho tinto. Baseada no material Compartilhando Memórias, cada ilustração traz consigo o relato de uma vivência sob a ditadura.
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quinta-feira, 1 de dezembro de 2016
Memórias da Ditadura
Descrição para cegos: a imagem mostra um recorte de jornal com a manchete "Terroristas já embarcaram: banidos 68 expulsos 2" |
O site Documentos Revelados é um espaço de referência histórica
que disponibiliza documentos, vídeos e fotos do período da ditadura. Na área
reservada para imagens, o site organizou um acervo com registros de
entrevistas, notas oficiais e até mesmo notícias plantadas pelos órgãos de
repressão do regime. Esse material importante para estudiosos da comunicação de
massa, jornalistas e historiadores pode ser acessado por este link. (Gabriela Güllich)
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terça-feira, 29 de novembro de 2016
Obras censuradas pela ditadura
Descrição para cegos: a imagem mostra as letras das músicas "Cálice" e "Bolsa de Amores", ambas carimbadas com a palavra "VETADO" |
A revolução social e artística ocorrida no mundo entre
as décadas de 1960 e 1970 se deu no Brasil de forma mais difícil do que na
maioria dos países. Por aqui havia um severo sistema de vigilância controlando
qualquer expressão transgressora, fosse por razões políticas ou “em defesa da
moral e dos bons costumes”. Entre filmes, livros, músicas e até capas de discos,
o site Hypeness elaborou uma lista com obras que foram censuradas por irem contra os padrões
ideológicos ou morais impostos pelo Regime Militar. (Gabriela Güllich)
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domingo, 27 de novembro de 2016
Retratos da ditadura no cinema brasileiro
Descrição para cegos: a imagem mostra um frame do filme "Pra frente Brasil", onde um homem está sendo retirado de uma cadeira elétrica por 4 outras pessoas. |
O
site Brasil de Fato divulgou uma
lista de filmes brasileiros disponíveis no YouTube que retratam a realidade do
período militar no país. Essas produções trazem perspectivas diferentes e
cumprem o papel de demonstrar o clima do qual a população brasileira estava
refém. Como exemplo disso, dois dos roteiros expõem a utilização do futebol
como disfarce da real situação enfrentada pela população. Um deles, intitulado Pra Frente Brasil, teve a exibição
proibida por aproximadamente um ano, apesar do seu lançamento ter sido já no
final da ditadura. Veja a matéria aqui.
(Bianca Patrícia)
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sexta-feira, 25 de novembro de 2016
Repressão e seus métodos
Descrição para cegos: a imagem mostra três policiais cercando um cidadão. Um dos policiais está montado em um cavalo enquanto os outros dois estão no chão. |
A ditadura militar teve
como um dos meios de sustentação a forte repressão aos opositores. Essa
repressão se dava tanto por meios legais, sustentados por uma legislação criada
com esse objetivo, quanto ilegais. O portal Memórias da Ditadura, do Vlado Educação – Instituto
Vladimir Herzog, foi criado com o intuito de divulgar a História do período de 1964 a 1985. Em um artigo rico em referências, é mostrado como o Estado combatia
aqueles chamados de “subversivos”, uma repressão baseada em censura, prisões,
tortura e desaparecimentos. (Gabriela Güllich)
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quarta-feira, 23 de novembro de 2016
"Qual Julinho? O da Adelaide"
Por Gabriela
Güllich
Em
setembro de 1974, Mário Prata, então repórter no jornal Última Hora, publicou
uma entrevista com Julinho da
Adelaide, compositor que vinha ganhando fama no espaço da MPB. Nessa
entrevista, Julinho contou, entre outras coisas, como acabou ficando conhecido
no meio artístico e de onde veio seu nome. “Eu
me chamo Julinho da Adelaide porque todo mundo só me chama assim lá no morro.
Acontece que a minha mãe é mais famosa do que eu lá no Rio. Minha mãe é
célebre(...) O feijão branco dela é conhecido lá no morro. Então todo mundo
perguntava assim: qual Julinho? O Julinho da Adelaide”.
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segunda-feira, 21 de novembro de 2016
Rato Miúdo
Por Bianca Patrícia
Rato Miúdo é
uma música escrita pelo compositor e também cineasta Jorge Alfredo Guimarães e
gravada por Gilberto Gil. A canção deveria ter sido incluída no LP Refazenda, que Gil lançou em 1975, mas
foi proibida pela censura mantida pela ditadura. Permaneceu praticamente
inédita até que, no dia 18 de outubro, foi finalmente divulgada pelo próprio
autor no YouTube.
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sábado, 19 de novembro de 2016
Cildo Meireles e a arte como denúncia
Descrição para cegos: a imagem mostra uma nota de 1 cruzeiro carimbada com a frase "Quem matou Herzog?" |
Por Gabriela
Güllich
“A
reprodução dessa peça é livre e aberta a toda e qualquer pessoa”. A frase era usada
por Cildo Meireles ao final de suas produções. O artista defendia uma visão de
arte enquanto meio de democratização da informação e da sociedade. Por esse
motivo, seu trabalho apresentava uma notável preocupação social.
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quinta-feira, 17 de novembro de 2016
Jornal Versus: denunciando a opressão
O
jornal Versus foi um periódico
bimestral alternativo criado pelo jornalista Marcos Faerman para denunciar a
opressão que a América Latina vinha sofrendo em meio a ditaduras. O veículo
era atrativo esteticamente, pela sua diversidade de textos, fotografias,
quadrinhos e desenhos, e também cumpria a sua proposta de usar a cultura como
forma de intervenção política. O site Marcos Faerman, criado em homenagem ao jornalista,
disponibiliza algumas das edições do impresso. Veja aqui. (Bianca
Patrícia)
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terça-feira, 15 de novembro de 2016
O legado de Marighella
No último
dia 4 foi realizado o ato Homenagem ao Comandante
Marighella – Assassinado em 1969, lembrando sua morte há 47 anos. Sua
memória e legado ainda são lembrados por militantes e movimentos populares. A
matéria do site Brasil de Fato traz a história do político, bem como
depoimentos de companheiros e da viúva, Clara Charf. Conheça a história dessa importante figura durante a ditadura e a sua
atuação aqui. (Marina Cabral)
domingo, 13 de novembro de 2016
Rose Nogueira e a resistência
Descrição para cegos: a imagem mostra uma foto em preto e branco da jornalista Rosemeire Nogueira. |
O
site Memórias da Ditadura disponibilizou
uma pequena biografia da jornalista Rosemeire Nogueira Clauset, antiga
militante da Ação Libertadora Nacional (ALN) que foi presa durante o regime
militar. Sua prisão ocorreu 33 dias após o nascimento do seu filho e no dia da
morte de Carlos Marighella, líder da ALN e seu amigo. Esteve presa na mesma
cela que Dilma Rousseff e trabalhou na TV Cultura com Vladimir Herzog. Conheça
a sua história durante a ditadura e a sua atuação contemporânea na luta pelos
direitos humanos aqui. (Bianca
Patrícia)
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terça-feira, 8 de novembro de 2016
Antonio Benetazzo: arte tirada da clandestinidade
Descrição para cegos: a imagem é uma pintura de Antonio Benetazzo que mostra um homem visto de frente fumando um cigarro. |
Por Bianca Patrícia
Antonio
Benetazzo foi um artista plástico e militante político que atuou com empenho
durante a ditadura militar. Ativista do Partido Comunista Brasileiro, desde
cedo, em sua vida acadêmica, mostrou-se muito engajado na atuação em movimentos
estudantis e na política do país. Tal engajamento o fez, junto a companheiros
de luta, criar o Molipo – Movimento de Libertação Popular – uma organização
revolucionária guerrilheira que pode ter sido o principal motivo para o seu
assassinato pelos militares em 1972.
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quinta-feira, 3 de novembro de 2016
A ditadura em três minidocumentários
Descrição para cegos: a imagem mostra uma foto em preto e branco onde um policial segura um porrete apoiado nas costas. |
O
Instituto Vladimir Herzog disponibilizou em seu canal no YouTube três minidocumentários
que relatam todo o processo do período ditatorial brasileiro. Com média de 8
minutos, os vídeos tratam desde a instauração da ditadura e seus precedentes, o
ápice da repressão, estratégias da oposição, grandes lutas e personagens
importantes, até o final do regime militar. (Bianca Patrícia)
Veja os documentários aqui:
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sábado, 29 de outubro de 2016
Nova conquista das Avós da Praça de Maio
Descrição para cegos: a imagem mostra uma foto em preto e branco de um casal segurando um bebê. |
As Avós da Praça de Maio – organização de direitos humanos que trabalha para a localização e restituição de crianças sequestradas ou desaparecidas na ditadura militar argentina – divulgou recentemente a recuperação de mais um neto perdido. O homem, que atualmente tem 40 anos, é um dos 121 netos separados de suas famílias durante esse regime autoritário. O site Brasil de Fato trouxe um pouco sobre a história de seus pais e a respeito da emboscada que levou ao seu desaparecimento. Veja a matéria completa aqui. (Bianca Patrícia)
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segunda-feira, 24 de outubro de 2016
O Pasquim: jornalismo criativo e de resistência
Descrição para cegos: a imagem contém um papel escrito "O Pasquim" e logo abaixo "a subversão do humor". |
Por Bianca Patrícia
O Pasquim foi
um semanário alternativo brasileiro de grande importância na oposição ao regime
militar que dialogou intensivamente com a contracultura à medida em que a
repressão crescia no país. Foi idealizado no final de 1968 pelo cartunista
Jaguar (Sérgio Jaguaribe), e pelos jornalistas Tarso de Castro e Sérgio Cabral.
Teve
a sua primeira edição em 26 de junho de 1969, mesmo ano em que foi instaurada a
censura prévia aos meios de comunicação no país. Resultou em um grande sucesso
editorial: em seu auge chegou a alcançar uma tiragem de 200 mil exemplares.
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domingo, 25 de setembro de 2016
V Colóquio Memória e Verdade, com o professor Rodrigo Freire
O professor Rodrigo
Freire foi o convidado da turma de Jornalismo e Cidadania da Universidade
Federal da Paraíba para o V Colóquio sobre Memória e Verdade, ocorrido no dia 8
de setembro de 2016. Ele é Presidente da Comissão Municipal da Verdade e
Vice-Diretor do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes da UFPB. Graduado em
História por essa universidade, também é mestre em Ciência Política pela UFPE e
é doutor em Ciências Sociais – Estudos Comparados das Américas, pela
Universidade de Brasília. Tem experiência com estudos nas áreas relativas a
Democracia, Partidos Políticos e Eleições, História da Esquerda, Direitos
Humanos, Desenvolvimento e Políticas Públicas. O Colóquio foi organizado por
Bianca Patrícia, Gabriela Güllich e Marina Cabral.
CONFIRA O COLÓQUIO NA ÍNTEGRA:
1 - Justiça
de Transição
O professor explica o que é justiça de transição e como ela
começa no Brasil.
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quinta-feira, 15 de setembro de 2016
Aduf-PB publica palestra de Safatle no YouTube
Descrição
para cegos: na foto retirada do vídeo, da esquerda para a direita estão
sentados à mesa de debate Vladimir Safatle, o representante da Aduf-PB, Alexandre
Nader, e a professora Rosa Godoy.
|
Quem perdeu a palestra
do filósofo e professor Vladimir Safatle que teve como tema O Conservadorismo na Atualidade Brasileira
já pode assisti-la no YouTube. A Aduf-PB, o sindicato dos professores da
Universidade Federal da Paraíba, disponibilizou a gravação naquele site. A
palestra ocorreu no dia 31 de agosto, dentro do projeto Realidade Brasileira e
Universidade. Nela, o professor da Universidade de São Paulo (USP) analisou a
situação política brasileira, estabelecendo o fim do que o Brasil conhece por
“Nova República”. Confira o vídeo aqui.
(Marina Cabral)
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terça-feira, 13 de setembro de 2016
A música inerente à luta
Descrição
para cegos: a imagem mostra a capa do LP
Cantata
pra Alagamar, que é composta por três fotos de
camponeses
reunidos e o nome da obra na parte superior.
|
Por Bianca Patrícia
A
Cantata pra Alagamar não se trata da
utilização de uma luta como mero eixo temático para composições, mas da música
como instrumento a serviço do povo para mudar ou resistir a uma realidade
imposta. Sua história começa na fazenda Grande Alagamar, que abrigava centenas
de pessoas que viviam do cultivo de suas terras. Com a morte do seu dono,
Arnaldo Araújo Maroja, em 1975, a propriedade foi vendida, e os seus novos
donos tentaram expulsar os agricultores que ali viviam. Observe-se que o país
vivia sob a ditadura militar.
Deu-se
início ao conflito: de um lado estavam os camponeses com apoio da igreja
católica, intelectuais e militantes. Do outro estavam os novos donos das terras
junto aos seus jagunços, pistoleiros e a Polícia Militar. A cantata tinha como
propósito evidenciar o conflito que estava acontecendo em Itabaiana, indo
contra a iniquidade que tentava suprimir o direito dos agricultores de
continuar nas terras.
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segunda-feira, 5 de setembro de 2016
Nas ruas, contra o impeachment – ensaio de Gabriela Güllich
Após a votação do Senado que aprovou o impeachment de Dilma Rousseff, o grupo Mulheres & Cultura na Paraíba organizou o ato “Manifestação contra o golpe!”, uma mobilização popular que teve concentração inicial na Praça da Paz e de lá seguiu para o campus da UFPB. Este ensaio registra parte do protesto.
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quinta-feira, 1 de setembro de 2016
Livro propõe discutir a ditadura na sala de aula
Descrição para cegos: livro "Direito à memória e à verdade: Saberes e praticas docentes" a capa contém uma jaula arrebentada e uma pomba voando |
Por Marina Cabral
Na
última quinta-feira (25), foi lançado na UFPB o livro Direito à memória e à verdade: Saberes e práticas docentes, elaborado
pelas professoras Lúcia de Fátima Guerra Ferreira, Maria de Nazaré Tavares Zenaide
e Vilma Lurdes Barbosa e Melo, com a colaboração de Márcia de Albuquerque e
Carmélio Reynaldo Ferreira e ilustrações por Flávio Tavares.
terça-feira, 30 de agosto de 2016
A ditadura brasileira e os quadrinhos
Apesar de toda censura e repressão, a ditadura não foi
capaz de calar todas as vozes que gritavam por liberdade. Em meio ao regime
militar de 1964, vários artistas deixaram sua marca se posicionando contra
aquele ataque à democracia. Samir Naliato fez para o seu site Universo HQ uma lista de dez obras que
abordam esse tema. A lista está disponível neste link.
(Gabriela Güllich)
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quarta-feira, 17 de agosto de 2016
O legado de Linda Bimbi
Descrição para cegos: a imagem mostra um desenho de Linda Bimbi feito por Gabriela Güllich |
Linda Bimbi foi uma ex-freira italiana
que lutou pelos direitos humanos. Educadora, atuava na linha de pedagogia
freireana, apoiando marginalizados e perseguidos pela ditadura no Brasil. Nos
anos 1970, participou da organização do Tribunal Russell II, para os crimes
contra a humanidade cometidos pelos governos militares na América Latina.
Serviu à Fundação Internacional pelo Direito e Liberdade dos Povos, e ao
Tribunal Permanente dos Povos, além de ser responsável também pela escola de Jornalismo
da Fundação Lelio e Lisli Basso. A pedagoga morreu no último dia 11, aos 91
anos. Em uma homenagem no Facebook, a professora Lúcia Guerra falou um pouco do
legado de Linda Bimbi. (Marina Cabral)
segunda-feira, 15 de agosto de 2016
Transexuais: visibilidade na ditadura militar brasileira
Descrição para cegos: a foto mostra uma travesti deitada no chão sendo detida por dois homens. |
Onde estavam as travestis durante a ditadura? Essa pergunta estimulou Helena Vieira, colaboradora da revista
Fórum, a levantar questões de visibilidade e verdade sobre transexuais durante o
regime militar no Brasil, reconhecendo a quase inexistência de estudos sobre o
assunto. Contemporaneamente, a transexualidade vem ganhando espaço não só no
que diz respeito às liberdades individuais, mas também no direito à memória
como grupo culturalmente oprimido. Das violações sofridas até a atuação em
grupos de resistência, a história ganha novos atores sociais a partir de um
olhar mais atento ao passado, contextualizando esses indivíduos marginalizados
e dando visibilidade e oportunidade para as suas vozes. A matéria ainda conta
com trechos de relatórios da Comissão Nacional da Verdade (CNV) que mostram a
situação que esses personagens enfrentaram no país. Confira a publicação aqui.
(Bianca Patrícia)
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sexta-feira, 12 de agosto de 2016
Lançada Frente Paraibana Escola Sem Mordaça
Descrição para cegos: foto mostra uma jovem amordaçada segurando o manifesto da Frente Paraibana Escola sem Mordaça. |
Por Gabriela Güllich
Ocorreu na última quinta-feira
(11/08), no Centro de Vivências da UFPB, o lançamento da Frente Paraibana
Escola Sem Mordaça, que reúne sindicatos, entidades e organizações da sociedade
civil, com o intuito de estimular uma mobilização democrática contra o movimento
Escola Sem Partido.
Para o debate, foram
convidados Fabiano Farias, coordenador nacional do Sindicato Nacional dos
Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica, e
Jacqueline Lima, professora da Universidade Federal de Goiás e diretora do
Andes/Sindicato Nacional dos Docentes de Ensino Superior.
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domingo, 31 de julho de 2016
Dzi Croquettes: herança cultural brasileira ignorada
Descrição para cegos - Cartaz do filme mostra perfil de um dos integrantes do grupo Dzi Croquettes com maquiagem exagerada e longos cílios postiços |
Por Bianca Patrícia
Dzi
Croquettes foi um grupo de teatro e dança que surgiu como um antagonismo no
Brasil. O conjunto que enaltecia a ousadia artística em seus mais diversos
sentidos iniciou suas atividades na fase considerada a mais opressiva da
ditadura. Foi o período da instauração do AI-5 (Ato Institucional Nº 5), quando
o governo autoritário militar, que havia assumido em 1964, dominou as
liberdades individuais da forma mais rigorosa e violenta possível.
Em
uma fase de maniqueísmo político muito parecida com a que vivemos atualmente, o
conjunto, indo contra essa onda, trazia todas as pluralidades que uma pessoa
pode carregar em si. Eram homens vestidos de mulheres que não se declaravam como
nenhum dos dois sexos: eram pessoas. Andróginos, livres e à frente do seu
tempo, foram uma lição e um sucesso da liberdade sexual que inspirou muitos e
tem sido ignorado contemporaneamente.
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terça-feira, 26 de julho de 2016
Resistindo sem Temer
Descrição para cegos: foto mostra o auditório do CCJ lotado, tendo, em primeiro plano, um grupo de mulheres mostrando cartazes com frases como "Fora Temer", "Nenhum direito a menos" e "Não ao golpe". |
Por Gabriela Güllich
Tem sido notável a atuação do movimento estudantil na campanha contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Isso é perceptível nas manifestações de rua, nas escolas e em eventos como o que aconteceu na última sexta-feira, no Centro de Ciências Jurídicas da UFPB, para o lançamento do livro A Resistência ao Golpe de 2016.
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domingo, 24 de julho de 2016
UFPB sediou lançamento de livro sobre o golpe contra Dilma
Por Marina Cabral
O lançamento de A Resistência ao Golpe de 2016 no auditório do Centro de Ciências Jurídicas, na noite da última sexta-feira, reuniu uma plateia ativa e convidados para uma mesa redonda em que elucidaram as diversas perspectivas do golpe. O livro, organizado pelos juristas Carol Proner, Gisele Cittadino, Marcio Tenenbaum e Wilson Ramos Filho, é o primeiro de três volumes que ainda serão publicados. A obra trata de esclarecer o golpe e seu aspecto parlamentar-midiático. A Diretora do CCJ, Maria Luiza Alencar, mediou a mesa de debates.
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quarta-feira, 6 de julho de 2016
Vermelha por dentro
Maria Salete Van der Pöel nasceu
em Campina Grande, na Paraíba, na família Agra, uma das mais tradicionais
daquela cidade. Na década de 1960, atuou na Juventude Estudantil Católica, na
Juventude Universitária Católica e na Campanha de Educação Popular da Paraíba (Ceplar)
alfabetizando jovens, adultos, presidiários e prostitutas o que lhe custou
perseguições pelo regime militar. Professora aposentada da UFPB, ela atua na
Educação de Jovens e Adultos com a Rede de Letramento da Paraíba (Releja),
fundada por ela e seu marido, Cornelis Van de Pöel. A repórter Samara Mello a encontrou
para uma conversa sobre seus anos de militância. Dessa conversa surgiu o curta Vermelha por Dentro, de produção de
Samara e edição de Janaína Lacerda. O curta metragem sobre a história de Salete
Van der Pöel você confere em seguida:
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Samara Mello
quarta-feira, 22 de junho de 2016
Militar nomeado por Temer é crítico ferrenho da Comissão da Verdade
Descrição para cegos: foto mostra Sérgio Etchgoyen, ladeado à direita pelo presidente interino Michel Temer e, à esquerda, por um auxiliar do governo, em reunião. |
Por
Iago Sarinho
Instalada oficialmente em
12 de maio de 2012, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) publicou seu relatório
final no dia 10 de dezembro de 2014. No decorrer desse processo de
investigação, recolhimento de depoimentos e levantamento de dados, além da
reconhecida atuação no restabelecimento da memória e verdade relativa ao
período da ditadura militar brasileira, encontrou em seu caminho opositores e
críticos, estes, normalmente ligados à famílias de acusados e investigados pela
comissão.
segunda-feira, 20 de junho de 2016
Afonsinho, Nei e Caju: os desobedientes civis
Descrição para cegos: mostra, da esquerda para a direira, os jogadores Afonsinho, Paulo Cézar Cajú e Nei da Conceição com a frase "Barba, Cabelo e Bigode" escrita no centro da imagem. |
Por Edgley Lemos
Dentro
de campo o trio formado pelos meias Afonsinho e Nei Conceição, além do atacante
Paulo Cézar Caju, foi bicampeão carioca em 1967 e 68 e campeão da Taça Brasil
de 1968. Fora dos gramados, eles eram considerados subversivos por suas
posturas contestadoras diante da crescente influência do regime militar na
gestão do futebol brasileiro. A história virou filme pelas mãos e o olhar do
diretor Lucio Branco e chegou às telas recentemente.
Não
é segredo que durante a ditadura militar brasileira os generais utilizaram o
futebol como meio de promoção e de fortalecimento da estrutura de poder do
regime. Fato parecido, aliás, aconteceu em outras ditaduras da América do Sul,
o chamado Cone Sul, como na Argentina, Chile e Bolívia, por exemplo.
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sábado, 18 de junho de 2016
Zuzu Angel: vida que permanece
Descrição para cegos: a foto mostra Zuzu Angel sentada numa mesa de centro com revistas ao seu redor. |
Por Samara Mello
No dia 5 de junho, Zuzu Angel completaria
95 anos. Estilista e mãe, foi uma mulher com uma força e coragem singular. Nascida
em Curvelo, Minas Gerais, mudou-se ainda criança para Belo Horizonte e lá
começou os seus passos na costura criando roupas para as primas. Na juventude
morou na Bahia, de onde carregou as cores e vibrações para suas criações.
Depois de alguns anos, instalou-se no Rio de Janeiro com o marido e o primeiro
filho, Stuart, e investiu tudo que podia em uma loja de roupas em Ipanema. Zuzu
colocava em suas roupas elementos tradicionais da cultura brasileira e de seu
folclore, como as rendas, chitas e estampas com imagens que remetiam à fauna
brasileira.
quarta-feira, 15 de junho de 2016
Como a OAB mudou de posição perante a ditadura
Descrição para cegos: A foto mostra a aluna do curso de Direito Stephany Yohanne, que pesquisou a atuação da OAB durante a ditadura (Foto: Felipe Ramos/Espaço Experimental) |
De apoiadora do Golpe Militar de 1964 a ferrenha
crítica do regime. Essa foi a trajetória da Ordem dos Advogados do Brasil, a
OAB, durante os anos de chumbo. Mas se no início a entidade apoiou o golpe por
influência dos seus presidentes da época, quando o jogo virou e a Ordem passou
a ser alvo de perseguição por parte do governo dos militares, a instituição
teve papel fundamental na retomada dos direitos retirados pelos atos
institucionais e também no processo de redemocratização. O papel da instituição
durante a ditadura militar foi objeto de estudo de diversos pesquisadores por
todo o país. Uma delas foi a aluna Stephany Yohanne, do curso de Direito da
Faculdade Leão Sampaio, de Juazeiro do Norte. Ela foi entrevistada pelo
programa Espaço Experimental e explicou um pouco do que conseguiu levantar de
informações sobre a atuação da OAB durante esse período obscuro da história do
nosso país. Confira a entrevista concedida por Stephany ao repórter Felipe
Ramos aqui. (Edgley Lemos)
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sexta-feira, 3 de junho de 2016
IV Colóquio sobre Memória e Verdade - com a professora Monique Cittadino
Descrição para cegos: foto mostra a professora Monique e a câmera
filmando-a, com ela aparecendo no visor
|
A professora Monique Cittadino foi a convidada da turma de Jornalismo e Cidadania da Universidade Federal da Paraíba para o IV Colóquio sobre Memória e Verdade. O encontro aconteceu no dia 6 de abril de 2016, e nele foram discutidas, entre outros temas, a atuação das Comissões da Verdade pelo país, a importância de se levar para as salas de aula as informações coletadas pelas comissões e um paralelo entre o contexto político e histórico do período pré-golpe de 1964 e a instabilidade política vivida atualmente, com a tentativa de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Monique Cittadino é chefe do Departamento de História da UFPB e integra a Comissão Municipal da Verdade. Graduada em História pela Universidade Federal da Paraíba, também é mestre em Ciências Sociais pela UFPB e é doutora em História pela USP. Tem experiência na área de História do Brasil, com ênfase em História da Paraíba, atuando principalmente com estudos sobre o período do regime militar iniciado em 1964. O Colóquio foi organizado por Edgley Lemos, Iago Sarinho e Samara Mello.
CONFIRA O COLÓQUIO NA ÍNTEGRA:
1 - Comissões da verdade
A professora faz um balanço da atuação das Comissões da
Verdade em âmbitos nacional, estadual e municipal.
quarta-feira, 1 de junho de 2016
Michel Temer quebra a autonomia da EBC
Por Iago Sarinho
Descrição para cegos: a imagem mostra o Diário Oficial da União com a Exoneração de Ricardo Melo do Cargo de Diretor Presidente da EBC circulada em vermelho. |
Criada através do decreto
nº 6.246 de 24 de outubro de 2007, a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) controla
uma rede de emissoras de radiodifusão públicas e de caráter educativo. A EBC
aglomera em sua estrutura e sob a sua responsabilidade, entre outros veículos,
a TV Brasil, a Agência Brasil e a TV NBR.
O estatuto social da
empresa, regulamentado pelo decreto nº 6.689 em dezembro de 2008, determina um
mandato de quatro anos para o Diretor Presidente, designado pela Presidência da
República. É fixo e não pode coincidir com o mandato presidencial, de modo que se
possa preservar a estrutura e linhas editoriais da empresa e seus veículos de
forma minimamente independente do comando central da república e de eventuais
modificações oriundas de processos eleitorais.
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