Descrição para cegos: livro "Direito à memória e à verdade: Saberes e praticas docentes" a capa contém uma jaula arrebentada e uma pomba voando |
Por Marina Cabral
Na
última quinta-feira (25), foi lançado na UFPB o livro Direito à memória e à verdade: Saberes e práticas docentes, elaborado
pelas professoras Lúcia de Fátima Guerra Ferreira, Maria de Nazaré Tavares Zenaide
e Vilma Lurdes Barbosa e Melo, com a colaboração de Márcia de Albuquerque e
Carmélio Reynaldo Ferreira e ilustrações por Flávio Tavares.
A
obra faz parte do programa Memória, Justiça e Direitos Humanos do Núcleo de
Cidadania e Direitos Humanos da UFPB que, em atendimento às demandas do
Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), consiste em material de apoio
didático para capacitação de educadores, com foco na Paraíba. O livro, além da
parte de fundamentação, propõe atividades para se trabalhar o tema Ditadura
Militar na escola envolvendo arquivo, biblioteca, cinema, cordel, depoimento,
desenho, memorial, música e teatro.
O
lançamento contou com a participação de docentes da UFPB convidados para
avaliarem a obra a partir da sua área de conhecimento.
A
professora Dadá Martins, do Departamento de Metodologia da Educação, destacou
como a obra é didática, leve e capaz de instigar docentes a trabalhar o
assunto. Ela demonstrou como o tema poderia ser abordado em aulas de Geografia,
discutindo questões ligadas ao espaço e as marcas que a ditadura deixou.
O
professor do Departamento de História Elio Flores enfatizou as sequências
didáticas presentes no livro. Para o educador, a construção de perfis
biográficos e uma narrativa da história são passos a serem tomados numa sala de
aula.
Para
a professora Eliana Vasconcelos, do Departamento de Letras Clássicas e
Vernáculas, o ensino básico é carente na temática da ditadura. Ela ressaltou
que, embora a obra não seja um receituário, abre espaço para o debate,
sugerindo a análise dos discursos da época.
Para
a professora Maria Azevedo, também do Departamento de Metodologia da Educação, lidar
com a ditadura e matemática é um desafio, contudo, o livro abre espaço para
trabalhar com a organização de dados, informações e a construção das relações
espaço-temporal.
Por
fim, a professora Tereza Queiroz, do Departamento de Ciências Socias, enfatizou
o ato de resistência do livro em si e a importância de manter acesa a memória
da ditadura.
A
obra faz parte de uma das metas de um programa de extensão aprovado pelo Ministério
da Educação em 2014. Sua próxima fase consistirá de oficinas em municípios que
tiveram representação de resistência na ditadura militar. Os laboratórios
funcionarão em sete cidades da Paraíba com a colaboração de ex-alunos e
orientandos das autoras, ajudando profissionais das redes estadual e municipais.
Os municípios contemplados são Areia, Cajazeiras, Campina Grande, Catolé do
Rocha, João Pessoa, Rio Tinto e Sapé.
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