Descrição para cegos: foto mostra uma jovem amordaçada segurando o manifesto da Frente Paraibana Escola sem Mordaça. |
Por Gabriela Güllich
Ocorreu na última quinta-feira
(11/08), no Centro de Vivências da UFPB, o lançamento da Frente Paraibana
Escola Sem Mordaça, que reúne sindicatos, entidades e organizações da sociedade
civil, com o intuito de estimular uma mobilização democrática contra o movimento
Escola Sem Partido.
Para o debate, foram
convidados Fabiano Farias, coordenador nacional do Sindicato Nacional dos
Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica, e
Jacqueline Lima, professora da Universidade Federal de Goiás e diretora do
Andes/Sindicato Nacional dos Docentes de Ensino Superior.
Fabiano Farias chamou atenção
para o fato de que a proposta da escola sem partido não se trata apenas de um
único projeto de lei, e sim de um movimento articulado com vários outros grupos
conservadores. “Trabalham com uma visão extremamente ultrapassada do que seja a
prática docente e os objetivos da educação”, destacou.
Em sua fala, Jacqueline Lima
apontou a problemática do nome “Sem Partido”, argumentando que as mobilizações
contra esse movimento também não são a favor de um ensino partidário, mas sim
de um ensino consciente e a favor da liberdade do educador. Por isso a escolha
do nome “Sem Mordaça”.
O Movimento Escola Sem
Partido, fundado em 2004 pelo advogado Miguel Nagib, surgiu com o objetivo de
parar a “contaminação político-ideológica das escolas brasileiras”, impondo
regras no ensino e penalidades para o professor/educador que por ventura venha
a expressar opiniões pessoais em seu discurso. A iniciativa ganhou respaldo de
grupos conservadores e hoje, tanto no Congresso Nacional, como em legislativos
estaduais e municipais, tramitam projetos de lei com esse objetivo.
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