Descrição para cegos: foto mostra Sérgio Etchgoyen, ladeado à direita pelo presidente interino Michel Temer e, à esquerda, por um auxiliar do governo, em reunião. |
Por
Iago Sarinho
Instalada oficialmente em
12 de maio de 2012, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) publicou seu relatório
final no dia 10 de dezembro de 2014. No decorrer desse processo de
investigação, recolhimento de depoimentos e levantamento de dados, além da
reconhecida atuação no restabelecimento da memória e verdade relativa ao
período da ditadura militar brasileira, encontrou em seu caminho opositores e
críticos, estes, normalmente ligados à famílias de acusados e investigados pela
comissão.
Um dos símbolos dessa resistência é a família Etchegoyen, hoje capitaneada por Sérgio Westphalen Etchegoyen, indicado pelo Presidente interino, Michel Temer, para o cargo de Ministro-chefe da Segurança Institucional, cargo que tem entre seus chefiados a Agência Brasileira de Inteligência. Em nota pública lançada pelos Etchegoyen em dezembro de 2014, Sérgio, mais quatro irmãos e sua mãe, entre outras declarações, chamaram a CNV de leviana e como um “patético esforço para reescrever a história”.
Esse episódio ocorreu após a inclusão do general Leo Guedes Etchegoyen entre os acusados de crimes de violação de direitos humanos durante o regime militar - ele era o pai de Sérgio Westphalen Etchegoyen. Além do pai, o tio, Cyro Guedes Etchegoyen, foi apontado pelo General Paulo Malhães como o responsável pela “Casa da Morte”, um dos principais locais de tortura e morte do regime militar, localizado na cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro.
Cerca de um mês depois do
seu depoimento à CNV, no qual relatou diversos outros casos e apresentou nomes
de pessoas envolvidas nas violações de direitos humanos no regime militar, o general
Paulo Malhães foi assassinado por asfixia em sua casa, no município de Nova
Iguaçu, Rio de Janeiro.
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