O site da Revista Fórum traz uma lista de 50 filmes para compreender melhor o
período da Ditadura Militar no Brasil. Dentre os filmes, há biografias como a
de Jango (1984) e a de Zuzu Angel (2006), documentários como Vlado: 30 anos
(2005) e Cabra Marcado Para Morrer (1984) e também filmes de ficção como o Em
Teu Nome (2009). Além do valor histórico desses filmes, alguns deles são obras
primas do cinema nacional como o filme de Bruno Barreto, O Que é Isso,
Companheiro? (1997). Vale a pena conferir para saber mais da história do Brasil
e para que aqueles dias de tortura e dor jamais sejam esquecidos ou repetidos. (Samara
Mello)
terça-feira, 25 de novembro de 2014
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
Reportagem retrata a repressão militar no Araguaia
Descrição para cegos: imagem mostra foto de Helenira Rezende de Souza Nazareth, membro do Partido Comunista Brasileiro, olhando diretamente para a câmera. |
Helenira Rezende
de Souza Nazareth foi uma estudante, esportista e integrante do Partido
Comunista Brasileiro. Morta por militares com golpes de baioneta, após tortura,
na guerrilha do Araguaia, Fátima, como era conhecida entre os companheiros de
luta, teve as pernas metralhadas, logo após ter matado um soldado com tiro de
espingarda e ferido outro com disparos de revólver, segundo o Relatório Arroyo,
escrito pelo dirigente do PCdoB, Ângelo Arroyo.
Conhecida na
cidade de Assis, onde passou toda a adolescência, como Nira e pelos amigos da
USP, onde cursou Letras e ingressou na UNE, como Preta, ela foi uma excelente
esportista, tendo praticado basquete e atletismo, destacando-se na pequena
cidade do interior paulista. Preta também fundou o grêmio estudantil da escola Prof.
Clibas Pinto Ferraz, onde cursou o ensino médio e ingressou na vida política,
ainda em Assis.
Ameaçada de
morte pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury, no Dops, onde ela foi presa junto
com os companheiros de movimento estudantil enquanto participavam do XXX
Congresso Nacional da UNE, em Ibiúna-SP, a então vice-presidente da União
Nacional dos Estudantes decidiu juntar-se à guerrilha do Araguaia.
Nira, Preta ou
Fátima - os diversos nomes de Helenira Rezende de Souza protegeram a estudante,
atleta, política e guerrilheira enquanto estava junto com os companheiros de
luta na guerrilha do Araguaia, mas não impediram sua tortura, tanto quanto o
local de sepultamento de seu corpo ter se perdido no meio das lendas criadas em
torno de sua morte.
O documentário
do canal esportivo ESPN conta um pouco da trajetória de Helenira, cria comparações
entre ela e a presidenta Dilma Rousseff, além de apresentar o drama vivido
pelos moradores do município de Xambioá-TO, vizinhos dos guerrilheiros. Veja aqui (Geri
Junior)
domingo, 12 de outubro de 2014
Prêmio Vladimir Herzog tem vencedor paraibano
Descrição para cegos: imagem mostra o logotipo da premiação, um V seguido de um H e uma gota vermelha, seguido pela legenda "3º Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos". |
Os vencedores do Prêmio Jornalístico
Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos foram
conhecidos no último dia 30 de setembro, em uma sessão pública da Câmara
Municipal de São Paulo.
O prêmio acontece em âmbito nacional
e tem oito categorias. Ele promove o reconhecimento de jornalistas com
trabalhos voltados à promoção da democracia, cidadania e direitos humanos e
sociais.
Nesta edição, o vencedor da categoria
Rádio foi o jornalista da CBN João Pessoa Hebert Araújo. Ele conquistou o
prêmio com a matéria “História de Flor”, na qual narra a vida da líder sindical
paraibana Margarida Maria Alves, assassinada em 1983.
terça-feira, 2 de setembro de 2014
Ditadura Militar no Brasil é pano de fundo da peça Mercedes
Descrição para cegos: imagem mostra o cartaz de divulgação da peça, com o rosto dos atores lado a lado com feições sérias e óculos escuros. |
Matéria produzida pela repórter Carolina Ferreira
para o Espaço Experimental sobre a peça Mercedes
do professor de teatro da UFPB Paulo Vieira.
A peça Mercedes tem como tema a Ditadura e
traz também o canto e dança. Ela narra a história de uma
militante do Partido Popular de Libertação que luta contra a ditadura militar
no Brasil. Segundo Paulo Vieira, autor e diretor da peça, em Mercedes não encontraremos um recorte histórico da ditadura, mas a
possibilidade de construção de um novo olhar sobre esse período da história do
Brasil. (Polyanna Gomes)
Para mais informações acesse o
link
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domingo, 31 de agosto de 2014
Documento histórico: uma ponte para o passado
Imagem retirada do site Unilasalle |
Memorial
Virtual da I Guerra Mundial é feito em Portugal e reverencia combatentes
nacionais. A iniciativa partiu do Arquivo Histórico Militar (AHM), e
caracteriza-se como mais um instrumento de resgate a partir de documentos.
Pode ser encontrado no endereço: http://www.memorialvirtual.defesa.pt
(Hermes Franco)
Pode ser encontrado no endereço: http://www.memorialvirtual.defesa.pt
(Hermes Franco)
sábado, 30 de agosto de 2014
Grupo estuda influência das esquerdas na República Velha
Descrição para cegos: a imagem mostra o Professor e Pesquisador Giscard Agra olhando diretamente para a câmera. Foto: Polyanna Gomes |
O projeto de pesquisa visa, por meio do
estabelecimento de diálogo entre literatura historiográfica e
jurídico-constitucional, compreender os contextos cultural e intelectual em que
cada uma das Cartas Constitucionais brasileiras foi produzida. As Esquerdas nos domínios de direita:
anarquismo e comunismo na República Velha promove um resgate e uma reconstrução
do cenário no qual elites intelectuais, partidos políticos e movimentos sociais
atuavam no contexto nacional.
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terça-feira, 26 de agosto de 2014
Acerto de contas com a Transparência Pública
Cartilha Arquivos Públicos Municipais Fonte: Conarq |
O Tribunal de Contas da Paraíba se associou ao Conselho
Nacional de Arquivos (Conarq), visando promover o resgate, a memória e a
transformação da transparência como fatores rotineiros. Essa parceria busca instituir
uma política de arquivos públicos municipais para João Pessoa. (Hermes Franco)
Para saber mais, clique no link:
quarta-feira, 20 de agosto de 2014
O Arquivo Miroel Silveira e a censura ao teatro
Descrição para cegos: imagem mostra protestantes com cartazes com frases como “censura não” e “teatro é cultura, cultura é liberdade”. |
Com
a coordenação da professora Maria Cristina
Castilho Costa e produção de conteúdo do professor Ferdinando Martins, funciona na Escola de
Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo o projeto Comunicação e Censura:
análise teórica e documental de processos censórios a partir do Arquivo Miroel
Silveira da biblioteca da USP. O projeto teve início em 2009 com
financiamento da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
O arquivo é responsável por estudar mais de seis mil processos de censura
prévia ao teatro durante o período Vargas, de 1930 a 1945, e durante o início
da ditadura, de 1964 a 1970. (Andrezza Carla)
Mais informações no link: http://www.eca.usp.br/ams/
sexta-feira, 15 de agosto de 2014
Estudantes criam site sobre a censura musical durante o regime militar
Descrição para cegos: imagem mostra uma pilha de discos de vinil com uma faixa escrita “censurado”. |
Os estudantes de jornalismo André Rocha, Gabriel Pelosi e Lucas Mota, da Universidade Mackenzie de São Paulo, realizaram o trabalho de conclusão da graduação com o tema: “Efeitos da censura na produção musical durante o regime militar.
Surgiu a ideia de transformar o trabalho acadêmico em um site, o censuramusical.com. Ele se baseia nas músicas conhecidas pelo grande público, assim como também nas inúmeras composições de artistas populares que tiveram suas obras vetadas. No site se pode acessar documentos, entrevistas e legislação. (Polyanna Gomes)
Para conhecer o site, clique no link
http://www.censuramusical.com.br/
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
O que acontece nos porões das delegacias?
Descrição para cegos: imagem mostra um grupo de policiais formando uma barreira e atirando. |
Após
pouco mais de um ano do caso Amarildo, ajudante de pedreiro que desapareceu
durante uma operação policial na Favela da Rocinha, a pergunta principal ainda
persiste: afinal, onde está Amarildo?
Um
estudo recente feito pela Anistia Internacional mostra que os abusos continuam
sendo praticados na maior parte do mundo, inclusive no Brasil. De acordo com o
relatório “Tortura em 2014 – 30 anos de promessas não cumpridas”, a tortura
ocorre nos porões de delegacias, presídios e quartéis. Esses abusos são
cometidos pelas forças de segurança de forma rotineira, principalmente durante
o policiamento de manifestações, como os protestos ocorridos com a chegada da
Copa do Mundo de 2014.
A
investigação do caso de Amarildo Souza Lima concluiu que o pedreiro morreu em consequência
de tortura sofrida na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha. O caso
ganhou uma ampla repercussão, mas está longe de ser um fato isolado.
50 anos após o fim da ditadura, militares ainda
negam a existência da tortura institucionalizada, mesmo com todas as evidências
de policiais violentos, corruptos e que contam com a impunidade para perpetuar
atos brutais como o que vitimou Amarildo e tantos outros. Segundo a Anistia Internacional,
muitos Governos combatem, outros toleram e alguns a adotam como política de
estado. (Anne Nunes)
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terça-feira, 12 de agosto de 2014
Breves benefícios nos dois anos da Lei de Acesso à Informação
Imagem retirada da página da Controladoria Geral da União
A Lei de Acesso à Informação traz, para o cidadão comum, o seu direito à transparência; para os arquivistas, o seu papel de conscientizadores protagonistas; e, para os gestores públicos em esfera federal, estadual e municipal, evidencia a garantia do atendimento a população.
Esta lei já completou dois anos de funcionalidade e tornou obrigatório
um melhor acesso à informação, maior transparência pública ativa e passiva
(trâmites de atendimento para o público), gestão, direito e classificação
informacional mais bem elaborada, além de formas de acompanhamento dos
processos. É a consolidação da acessibilidade na esfera pública, uma conquista
alicerçada desde maio de 2012, para todos os cidadãos. (Hermes Franco)
Para saber mais, clique no link:
segunda-feira, 11 de agosto de 2014
Elizabeth Teixeira e João Pedro Teixeira: sinônimo de luta e de dor
Elizabeth
Teixeira, paraibana, nascida em 13 de fevereiro de 1925, no município de Sapé,
construiu uma vida em meio a lutas por justiça, terra, liberdade e perdas,
provocadas pelo regime militar.
Elizabeth
é viúva do líder camponês João Pedro Teixeira, que teve sua trajetória
retratada em uma narrativa documental pelo cineasta Eduardo Coutinho. João
Pedro fundou , em 1958, a Associação dos Lavradores e Trabalhadores Agrícolas
de Sapé, a primeira liga camponesa fundada na Paraíba, que passou a atuar a
partir da década de 1960, como ferramenta de organização do movimento agrário.
quinta-feira, 7 de agosto de 2014
Ivo Herzog e a importância da retificação do atestado de óbito do pai
Descrição para cegos: a imagem mostra a certidão de óbito de Vladimir Herzog. |
Na
quarta-feira 30 de julho, Ivo Herzog, filho do jornalista Vladimir Herzog,
morto pela ditadura militar, falou sobre a importância da mudança do atestado de
óbito de seu pai. O diretor do Instituto Vladimir Herzog participou da II
Semana de Jornalismo, organizada pelo Centro Acadêmico de Jornalismo da UFPB.
No
registro de 1975 (durante a ditadura militar) constava que Vladimir havia
morrido por asfixia mecânica, imputando-se na época suicídio. No entanto, em
2012, a viúva Clarice Herzog solicitou a retificação do óbito, pedido este
encaminhado à Justiça por Gilson Dipp, primeiro coordenador da Comissão
Nacional da Verdade.
Ivo
Herzog falou aos alunos e professores da Universidade Federal da Paraíba que a
retificação do atestado de óbito de Vladimir Herzog representa uma “abertura da
‘porteira’ para que outras famílias de assassinados políticos sigam o caminho
da busca pela verdade, já que a primeira certidão de óbito de Vladimir encobria
a real causa da morte”.
quarta-feira, 6 de agosto de 2014
As memórias das guerras em minhas letras
Descrição para cegos: a imagem mostra o desenho de uma pomba com um ramo de oliveira no bico. |
Foi-se
o sol, o chão, a mãe e a filha. A saudade já não tinha mais morada, tamanho era
o BOOO, o grito sem espera. A causa das nefastas e delinquentes escolhas nos
deixaram sem memórias, sem afetos, e com um pesar que dura até os tempos
vindouros.
Mas,
haveremos de ressurgir o encanto, nos arquivos e nas falas de alguém que ainda
restou, que ainda resta.
E
quem ainda bem respira? O filho do soldado? Herói de quê, de quem? Da matança?
Do perdido? Não!!! Hoje prefiro acreditar nas mãos de cura, nos bons moços que
de um lado pro outro, de uma bomba pra outra, acolheram, cuidaram, buscaram a
sã consciência em meio ao caos.
Rememorar,
antes de tudo, mais que lembrar, é prestar uma gratidão, é se prostrar diante
do que foi algo a mais, do que fez melhor, do que buscou fazer as mais sublimes
lembranças, em momentos, onde muitos, só queria guerrear.
Eiiii!!!
Hoje as palavras são bonitas, porque não é só de sangue que vivem as memórias.
Não só foi de tristeza que os momentos que a guerra se sucedeu, viveram. Hoje,
as palavra são memória e leveza, paz e gratidão.
Normando Junior
ANPUH-Paraíba promove encontro sobre os 50 anos do Golpe de 31 de março 1964
Descrição para cegos: a imagem mostra o cartaz de divulgação do evento, uma foto escura com um panfleto contendo o logotipo da UEPB. |
De 25 e 29 de agosto, a Universidade Estadual da Paraíba,
campus Campina Grande, vai reunir pesquisadores, professores e estudantes do
Norte e Nordeste para o 16º Encontro Estadual de História.
O encontro será promovido pela Regional Paraíba da Associação
Nacional de História e pela UEPB. O evento tem como tema “Poder, memória e resistência:
50 anos do Golpe de 1964”. Na ocasião, serão realizadas oficinas, mesas
redondas, simpósios temáticos e mostra de filmes. Na quinta feira (28)
acontecerá a audiência com a Comissão da Verdade e da Memória
do Estado da Paraíba. (Polyanna Gomes)
Para mais informações acesse o link
abaixo
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sexta-feira, 25 de julho de 2014
Comissão da Verdade da Fiocruz abre espaço para relatos de violações na área da saúde durante a ditadura
Descrição para cegos: imagem mostra logotipo da Comissão da Verdade, “comissão da” escrito em letras minúsculas seguido de um “Verdade” maior com um fundo vermelho. |
Uma reportagem disponível no portal
eletrônico da Rede Brasil traz
informações sobre o espaço destinado no site da Comissão Nacional da Verdade da Reforma Sanitária que foi
criado com a finalidade de colher relatos sobre violações na área da saúde
durante a ditadura militar.
Para saber mais sobre as atividades
que a comissão vem desenvolvendo acesse o endereço: (http://portal.fiocruz.br/pt-br/content/comissao-da-verdade-da-reforma-sanitaria-segue-com-diferentes-atividades). A
reportagem em áudio da Rede Brasil Atual traz algumas informações importantes a
respeito de como esse trabalho vem sendo feito. (Normando Junior)
Vale a pena conferir. Acesse também o endereço:
http://www.redebrasilatual.com.br/radio/programas/jornal-brasil-atual/2014/07/site-colhe-relatos-sobre-violacoes-na-saude-durante-ditadura-militar
terça-feira, 22 de julho de 2014
Capoeira: um resgate à memória afro-brasileira
Descrição para cegos: imagem mostra um desenho de uma roda de Capoeira. Desenho: Antônio Cláudio Massa |
Aprendi no ensino fundamental que a Capoeira foi introduzida
no Brasil pelos negros africanos, e é uma arte/luta/dança genuinamente
brasileira. É caracterizada por golpes complexos e ágeis. A origem da palavra vem do tupi-guarani, que
significa "área de vegetação rasteira" - "caa", significa
mato e "puera", que foi mato - local onde os escravos fugitivos se
escondiam e formavam os quilombos.
Contava ainda meu professor de História que, pela necessidade de se protegerem do
chicote, os escravos dançavam à noite e, nessas coreografias, introduziam
vários golpes giratórios e muitas vezes fatais, de acordo com a intensidade que
chutavam. Na época expressava resistência à escravidão.
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Filmes e Ditadura Militar no Brasil: duas histórias que nasceram para casar
Descrição para cegos: imagem mostra cena do filme “Manhã Cinzenta”: um militar puxando pessoas por uma corda. |
Nada melhor do
que o cinema para retratar situações que não conseguimos alcançar com nossos
próprios olhos e ouvidos. O cinema é uma arte poderosa, que estimula zonas
variadas de memórias.
Pensando
nisso, e prioritariamente, atendendo o seguimento da temática “Direito à
Memória e Verdade”, o nosso blog buscou via internet, indicações de filme cuja
temática seja a ditadura militar e suas repercussões.
Nessa busca,
nos deparamos com um portal eletrônico que fez uma seleção de onze filmes que nos ajudam a entender a história da
ditadura militar no Brasil.
O portal ainda
traz os resumos dos filmes, assim como suas respectivas abordagens. O material
é muito bacana, e as dicas são imperdíveis. Aproveitem, pois resgatar é
conhecer mais, mais do mundo em que se vive, e pelas narrativas das telas,
melhor ainda, bem melhor. (Normando Junior)
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quinta-feira, 17 de julho de 2014
Elizabeth Teixeira fala das Ligas Camponesas em audiência pública realizada em Sapé
Descrição para cegos: foto de Elizabeth Teixeira falando no microfone. |
quarta-feira, 16 de julho de 2014
A Copa do Mundo de 1970
Descrição para cegos: O ditador Emílio Médici segura a taça da Copa de 1970 em frente ao palácio da Alvorada em meio a uma multidão. |
O tema ditadura militar tem potencial para fomentar reflexões e discussões por remeter a um momento histórico de repressão, perseguição a opositores e falta de democracia. O que herdamos foram imagens, memórias e registros de violência e autoritarismo contra os seres humanos.
A Copa do Mundo de 1970, na qual o
Brasil se tornou tricampeão, serviu como pano de fundo para um dos momentos
mais duros do regime militar que se iniciou com o golpe de 1964.
Se a repressão diária não estampava os
jornais, com a vitória triunfante da seleção comandada pelo técnico Zagalo e
por uma equipe na qual se destacava o talento de Pelé, a ditadura aproveitou o
momento para desviar ainda mais a atenção para o que acontecia nos cárceres e
quartéis.
O Presidente Emílio Garrastazu Médici
aproveitou o tricampeonato para obter uma taxa de aprovação de seu governo, o
Brasil se tornou futebol, o futebol passou a simbolizar o governo. Os anos de
chumbo se tornaram blindados, a publicidade que trazia o crescimento econômico,
divulgada pelo governo e enfatizada pela mídia cúmplice,
escondia o cenário de repressões, censuras e controle midiático. A seleção saiu
campeã, e o governo também, proclamando a nação a cantar “Pra frente, Brasil! Salve a seleção”.
Anne Nunes
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domingo, 13 de julho de 2014
1964: uma dose de poesia numa taça desconhecida
Descrição para cegos: Desenho da bandeira nacional com um homem nu amarrado na faixa “Ordem e Progresso” como em um pau de arara. |
Era madrugada,
e acordei assustado. Tive um sonho. Foi um pesadelo. Suspirei, e fiquei feliz
por ter conseguido acordar. Triste, porém, pelo fato de que a consciência que
me veio ter sido um tanto dura.
Viajei até os
anos sessenta, me despi dos meus trajes e adereços presentes. Eu mesmo era o
grito das ruas ensanguentadas. Era a voz da frente, que mesmo abafada, buscava
o auto clarear. Me senti burlado, enganado.
Me via nos
braços, eu mesmo sendo os braços de bravo da UNE, das mães e dos pais ocupados
na preocupação de um regime que não media limites em suas ações. Eu fui ao
regime militar. Eu fui ao Brasil que chorou.
Vivi a
tristeza de um povo, eu mesmo fiquei tão triste. Fui aos anos noventa, cheguei
aos anos dois mil. Senti que cheguei ao meu eu, ao momento presente. Senti que
há muitas lembranças, ainda, lá atrás, que clamam vir ao presente, clamam pular
o pesadelo, acordar, e respirar o ar, que um dia lhes tomaram.
Normando
Junior
terça-feira, 8 de julho de 2014
Escola destina espaço à memória das Ligas Camponesas e homenageia Nego Fuba
Descrição para cegos: Foto antiga de Nego Fuba vestindo um paletó e com um bigode. |
Com a finalidade de rememorar o movimento das Ligas
Camponesas e sua ligação com o município de Sapé, a professora de História Áuclia
de Lucena Gomes, que leciona no prédio da escola Gentil Lins, onde foram
realizadas as primeiras reuniões das Ligas de Sapé, resolveu criar junto com
seus alunos, em uma das salas localizada no pátio em que os trabalhadores se
reuniam, um canal de acesso direto a fotos, textos e criações artísticas
fazendo alusão ao movimento. O ambiente, que agora é memorial e sala de aula ao
mesmo tempo, recebeu o nome de "Memorial Nego Fuba", em homenagem a
um dos líderes das Ligas, e também desaparecido político pela ditadura militar.
Em meados de 1958, a cidade de Sapé, distante 55 km da
capital João Pessoa, ensaiava os primeiros passos do que viria a ser um dos
movimentos de maior cunho popular do país: as Ligas Camponesas. Sob comando do
trabalhador rural João Pedro Teixeira e com a finalidade de promover a reforma
agrária, o movimento logo tomou maiores proporções e repercutiu em vários
estados do Brasil.
Além de receber apoio por parte de muitos
parlamentares, a exemplo de Assis Lemos, na época Deputado Estadual, e Miguel
Arraes, Governador de Pernambuco, as Ligas Camponesas ganharam forte respaldo
popular, fomentando as práticas de educação e alfabetização para uma massa de
quase 80% de analfabetos.
Situado em Sapé, o Memorial atrela práticas educativas
ao resgate da cultura local e, junto com o Memorial das Ligas Camponesas,
também localizado naquela cidade, forma um amplo ambiente de discussões
históricas.
Normando Junior
Documentos apontam relação dos EUA com o golpe de 1964
Descrição para cegos: Multidão segurando um cartaz “Abaixo a ditadura! Povo no poder!" |
O que eram apenas
especulações e "achismos" para alguns, tornou-se um fato, agora
divulgado. No portal eletrônico da página de política do Estadão, uma matéria explora
pontos do envolvimento dos Estados Unidos com o Brasil durante a ditadura
militar, evidenciando o conhecimento daquele país com relação às torturas
realizadas aqui. (Normando Junior)
Acesse o link: http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,documentos-dos-eua-mostram-que-pais-sabia-de-torturas-da-ditadura-militar-no-brasil,1522532
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segunda-feira, 7 de julho de 2014
Projeto cria plataforma para divulgação de manifestações culturais
Descrição para cegos: 4 Folhetos expostos em uma mesa para divulgação da plataforma Pamin (Patrimônio, memória e interatividade) |
A memória cultural é
formada por heranças, sejam elas musicais, teatrais, de cinema, de danças,
enfim, de toda manifestação que se associem a experiências coletivas, e ao
conhecimento popular. O Brasil é conhecido mundialmente pela
sua diversidade cultural, e foi pensando assim que o Pamin foi criado.
Pamin
significa Patrimônio, Memória e Interatividade, e é um programa de extensão da
Universidade Federal da Paraíba, financiado pelo Ministério da Educação em
parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan.
O Pamin é uma plataforma digital que foi criada com apoio do Laboratório de
Aplicações de Vídeo Digital da UFPB, o Lavid, para divulgação de manifestações
artístico-culturais dos bairros periféricos da cidade de João Pessoa.
Em
uma entrevista para o Programa Espaço Experimental do Laboratório de
Radiojornalismo da UFPB, a coordenadora do programa Luciana Chianca fala sobre
a plataforma e sua importância para a democratização do acesso às produções
culturais da periferia.
Para mais informações acesse o link http://espaco-experimental.blogspot.com.br/2014/07/manifestacoes-populares-tem-plataforma.html
Polyanna Gomes
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sábado, 14 de junho de 2014
As Memórias e as Comissões da Verdade
Descrição para cegos: Faixa escrita Comissão Nacional da Verdade |
Lembrar, sempre é
bom, e isso parece lógico. Lembranças, por mais perturbativas que sejam,
corroboram para a construção do presente, e resulta em nos colocar em um certo
eixo. É preciso, antes, entender que o direito à Memória é algo que nos deve
ser dado na integralidade, mesmo que na prática, aconteça muito diferente
disso. A memória nem sempre é um bem coletivo. E mesmo os eventos coletivos,
são dotados de individualidades. Individualidades que acabam se resguardando.
É louvável que,
para fins de estudo, e da própria composição cultural nossa, tenhamos uma noção
do nosso percurso. Isso demanda investigação e mexe com memórias. Memórias
que evitam ser faladas.
O que as comissões
que buscam alcançar memórias de acontecimentos passados fazem, é tentar
resgatar dados que foram, por alguma razão, não guardados, e hoje nos deixam de
certa forma em um vácuo. Devemos, então, nos mobilizar na busca de trajetos
que ficaram isolados e que precisam ser resgatados. As comissões da verdade já estão dando os primeiros passos.
Normando Junior
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domingo, 8 de junho de 2014
Morro por um País - a memória da tortura
Descrição para cegos: Fernando Kinas e Fernanda Azevedo entre um boneco tamanho real de madeira. |
sexta-feira, 6 de junho de 2014
Índio não ‘querer’ apito, índio ‘querer’ direitos: A história do Relatório Figueiredo
Descrição para cegos: Exposição do Memorial dos Povos Indígenas em Brasília com fotos nas paredes e artesanatos. Foto: Polyanna Gomes |
Quando
estávamos no ensino fundamental e o professor fazia a pergunta “Quem descobriu
o Brasil”? Todos gritavam “Pedro Álvares Cabral”. Sim, talvez tenha descoberto
mesmo, mas o Brasil já tinha donos e estes não usavam roupas europeias, não
tinham a pele branca e nem sequer sabiam o sentido da palavra “Descobrimento”.
Diversos povos indígenas habitavam o Brasil muito tempo antes da chegada dos Portugueses em 1500. Cada povo possuía sua própria cultura, religião e costumes. Viviam da caça, pesca e agricultura e tinham contato com a natureza. Os índios viviam em tribos e tinham na figura do cacique o chefe político e administrativo.
Mas... eis que eles descobriram o sentido da palavra descobrimento: foram enganados, explorados, escravizados e, em muitos casos, massacrados pelos portugueses. Perderam terras e foram forçados a abandonar sua cultura em favor da europeia.
Os tempos passaram, mas a situação indígena não ficou assim, tão diferente...
Entre os anos de 1967 e 1968, uma comissão organizada pelo Ministério do Interior
havia concluído um relatório sobre irregularidades no Sistema de Proteção ao Índio
(SPI). O documento ficou reconhecido como Relatório Figueiredo, por causa do
nome de seu coordenador, o procurador Jader de Figueiredo Correia. Nesse
relatório constavam inúmeros abusos de poder contra os indígenas. Havia exploração
ilegal da terra e do trabalho indígena, e situações de escravidão. O procurador
Figueiredo encontrou prisões malcheirosas e constatou castigos físicos,
torturas e humilhações, produzidas pelos responsáveis pelos postos indígenas.
O site do jornal O Globo do Rio de Janeiro, publicou um texto do professor Carlos Augusto da Rocha Freire, doutor em Antropologia Social e coordenador de Divulgação Científica do Museu do Índio, relatando a história do documento e as memórias dos povos indígenas.
Polyanna Gomes
sexta-feira, 30 de maio de 2014
As Esferas de Poder e o Acesso à Informação Pública
Quando procuramos tratar da natureza de um assunto documental, adentramos no campo da Lei 12.527/2011, e daí nutrimos uma nítida relação com a objetivada e esperada transparência pública. Neste mês de maio, comemoramos o segundo ano da Lei de Acesso à Informação em nosso país, e em levantamento realizado pela Controladoria Geral da União (CGU), até o último dia 15 do corrente mês, mais de 176 mil pedidos foram feitos ao Poder Executivo Federal, com 97,55% de respostas obtidas.
Segundo a ONG Artigo 19, uma consolidação democrática vem sendo correspondida nos órgãos Legislativo e Executivo, mas ainda carece de um maior cuidado no poder Judiciário.
Saiba mais: http://artigo19.org/?p=4818
Saiba mais: http://artigo19.org/?p=4818
Hermes Franco
segunda-feira, 26 de maio de 2014
João Pessoa recebe capacitações do programa Brasil Transparente
Descrição para cegos: Mapa do Brasil formado por diversos quadrados de tamanhos diferentes e a frase “Brasil transparente”. Imagem reproduzida do portal da Controladoria-Geral da União. |
Nestas terça (27) e quarta-feira (28) acontecem as capacitações do programa Brasil Transparente, em João Pessoa. Os encontros serão realizados no auditório do Ministério da Fazenda, para vereadores e servidores de câmaras e prefeituras.
A
iniciativa é uma parceria da Assembleia Legislativa da Paraíba – ALPB, com a
Controladoria-Geral da União (CGU).Os
municípios de Sousa, Patos, Cajazeiras, Guarabira, Monteiro e Campina Grande já
receberam as capacitações. Mais de 300 servidores públicos já foram
capacitados.
A
inscrição para a capacitação do Brasil Transparente é gratuita e pode ser feita
pelo portal da Assembleia Legislativa através do link: http://www.al.pb.gov.br/ ou no local do evento.
Mas, afinal, o que é Brasil Transparente?
Trata-se
de um programa criado pela Controladoria-Geral da Uniāo (CGU) visando auxiliar
Estados e Municípios na implementação de medidas de governo transparente, como
prevê a Lei de Acesso à Informação (LAI). O foco é facilitar as burocracias a fim
de proporcionar um governo aberto e o mais transparente possível para a
população.
Qual a importância do evento?
O
caminho para fazer valer de fato a Lei de Acesso à Informação é longo, mas
eventos dessa natureza propiciam uma reeducação no que diz respeito às práticas
burocráticas e lentas da nossa legislação. A lei existe, mas a sua eficácia
ainda é questionável. Iniciativas como esta podem mudar essa realidade.
Andrezza Carla
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