terça-feira, 25 de novembro de 2014

Para compreender melhor a ditadura

Descrição para cegos: ilustração construída com a montagem de 10 cenas de filmes sobre a ditadura. Elas mostram jovens presos, sob tortura, treinando tiro e, por último, imagem real de um grupo de militantes antes de embarcar em avião para o exílio, em troca de um embaixador sequestrado.

O site da Revista Fórum traz uma lista de 50 filmes para compreender melhor o período da Ditadura Militar no Brasil. Dentre os filmes, há biografias como a de Jango (1984) e a de Zuzu Angel (2006), documentários como Vlado: 30 anos (2005) e Cabra Marcado Para Morrer (1984) e também filmes de ficção como o Em Teu Nome (2009). Além do valor histórico desses filmes, alguns deles são obras primas do cinema nacional como o filme de Bruno Barreto, O Que é Isso, Companheiro? (1997). Vale a pena conferir para saber mais da história do Brasil e para que aqueles dias de tortura e dor jamais sejam esquecidos ou repetidos. (Samara Mello)

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Reportagem retrata a repressão militar no Araguaia

Descrição para cegos: imagem mostra foto de Helenira Rezende de Souza Nazareth, membro do Partido Comunista Brasileiro, olhando diretamente para a câmera. 
Helenira Rezende de Souza Nazareth foi uma estudante, esportista e integrante do Partido Comunista Brasileiro. Morta por militares com golpes de baioneta, após tortura, na guerrilha do Araguaia, Fátima, como era conhecida entre os companheiros de luta, teve as pernas metralhadas, logo após ter matado um soldado com tiro de espingarda e ferido outro com disparos de revólver, segundo o Relatório Arroyo, escrito pelo dirigente do PCdoB, Ângelo Arroyo.
Conhecida na cidade de Assis, onde passou toda a adolescência, como Nira e pelos amigos da USP, onde cursou Letras e ingressou na UNE, como Preta, ela foi uma excelente esportista, tendo praticado basquete e atletismo, destacando-se na pequena cidade do interior paulista. Preta também fundou o grêmio estudantil da escola Prof. Clibas Pinto Ferraz, onde cursou o ensino médio e ingressou na vida política, ainda em Assis.
Ameaçada de morte pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury, no Dops, onde ela foi presa junto com os companheiros de movimento estudantil enquanto participavam do XXX Congresso Nacional da UNE, em Ibiúna-SP, a então vice-presidente da União Nacional dos Estudantes decidiu juntar-se à guerrilha do Araguaia.
Nira, Preta ou Fátima - os diversos nomes de Helenira Rezende de Souza protegeram a estudante, atleta, política e guerrilheira enquanto estava junto com os companheiros de luta na guerrilha do Araguaia, mas não impediram sua tortura, tanto quanto o local de sepultamento de seu corpo ter se perdido no meio das lendas criadas em torno de sua morte.
O documentário do canal esportivo ESPN conta um pouco da trajetória de Helenira, cria comparações entre ela e a presidenta Dilma Rousseff, além de apresentar o drama vivido pelos moradores do município de Xambioá-TO, vizinhos dos guerrilheiros. Veja aqui (Geri Junior)

domingo, 12 de outubro de 2014

Prêmio Vladimir Herzog tem vencedor paraibano

Descrição para cegos: imagem mostra o logotipo da premiação, um V seguido de um H e uma gota vermelha, seguido pela legenda "3º Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos".

Os vencedores do Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos foram conhecidos no último dia 30 de setembro, em uma sessão pública da Câmara Municipal de São Paulo.
O prêmio acontece em âmbito nacional e tem oito categorias. Ele promove o reconhecimento de jornalistas com trabalhos voltados à promoção da democracia, cidadania e direitos humanos e sociais.
Nesta edição, o vencedor da categoria Rádio foi o jornalista da CBN João Pessoa Hebert Araújo. Ele conquistou o prêmio com a matéria “História de Flor”, na qual narra a vida da líder sindical paraibana Margarida Maria Alves, assassinada em 1983.

Confira aqui a lista completa dos vencedores e aqui a matéria vencedora da categoria rádio. (Samara Mello)

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Ditadura Militar no Brasil é pano de fundo da peça Mercedes


Descrição para cegos: imagem mostra o cartaz de divulgação da peça, com o rosto dos atores lado a lado com feições sérias e óculos escuros.

Matéria produzida pela repórter Carolina Ferreira para o Espaço Experimental sobre a peça Mercedes do professor de teatro da UFPB Paulo Vieira.
A peça Mercedes tem como tema a Ditadura e traz também o canto e dança. Ela narra a história de uma militante do Partido Popular de Libertação que luta contra a ditadura militar no Brasil. Segundo Paulo Vieira, autor e diretor da peça, em Mercedes não encontraremos um recorte histórico da ditadura, mas a possibilidade de construção de um novo olhar sobre esse período da história do Brasil. (Polyanna Gomes)

 Para mais informações acesse o link


domingo, 31 de agosto de 2014

Documento histórico: uma ponte para o passado

                Imagem retirada do site Unilasalle


Memorial Virtual da I Guerra Mundial é feito em Portugal e reverencia combatentes nacionais. A iniciativa partiu do Arquivo Histórico Militar (AHM), e caracteriza-se como mais um instrumento de resgate a partir de documentos. 
Pode ser encontrado no endereço: http://www.memorialvirtual.defesa.pt 
(Hermes Franco)

Para mais informações, acesse o link: http://www.sol.pt/noticia/110277

sábado, 30 de agosto de 2014

Grupo estuda influência das esquerdas na República Velha

Descrição para cegos: a imagem mostra o Professor e Pesquisador Giscard Agra olhando diretamente para a câmera.
Foto: Polyanna Gomes
O projeto de pesquisa visa, por meio do estabelecimento de diálogo entre literatura historiográfica e jurídico-constitucional, compreender os contextos cultural e intelectual em que cada uma das Cartas Constitucionais brasileiras foi produzida. As Esquerdas nos domínios de direita: anarquismo e comunismo na República Velha promove um resgate e uma reconstrução do cenário no qual elites intelectuais, partidos políticos e movimentos sociais atuavam no contexto nacional.

Em entrevista ao programa do Laboratório de Radiojornalismo da UFPB, o Espaço Experimental, o professor e orientador Giscard Agra explica o projeto. (Polyanna Gomes)

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Acerto de contas com a Transparência Pública

Cartilha Arquivos Públicos Municipais
Fonte: Conarq


O Tribunal de Contas da Paraíba se associou ao Conselho Nacional de Arquivos (Conarq), visando promover o resgate, a memória e a transformação da transparência como fatores rotineiros. Essa parceria busca instituir uma política de arquivos públicos municipais para João Pessoa. (Hermes Franco)
Para saber mais, clique no link:

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

O Arquivo Miroel Silveira e a censura ao teatro


Descrição para cegos: imagem mostra protestantes com cartazes com frases como “censura não” e “teatro é cultura, cultura é liberdade”.
         Com a coordenação da professora Maria Cristina Castilho Costa e produção de conteúdo do professor Ferdinando Martins, funciona na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo o projeto Comunicação e Censura: análise teórica e documental de processos censórios a partir do Arquivo Miroel Silveira da biblioteca da USP. O projeto teve início em 2009 com financiamento da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). O arquivo é responsável por estudar mais de seis mil processos de censura prévia ao teatro durante o período Vargas, de 1930 a 1945, e durante o início da ditadura, de 1964 a 1970. (Andrezza Carla)


Mais informações no link: http://www.eca.usp.br/ams/

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Estudantes criam site sobre a censura musical durante o regime militar


Descrição para cegos: imagem mostra uma pilha de discos de vinil com uma faixa escrita “censurado”.

Os estudantes de jornalismo André Rocha, Gabriel Pelosi e Lucas Mota, da Universidade Mackenzie de São Paulo, realizaram o trabalho de conclusão da graduação com o tema: “Efeitos da censura na produção musical durante o regime militar.
Surgiu a ideia de transformar o trabalho acadêmico em um site, o censuramusical.com. Ele se baseia nas músicas conhecidas pelo grande público, assim como também nas inúmeras composições de artistas populares que tiveram suas obras vetadas. No site se pode acessar documentos, entrevistas e legislação. (Polyanna Gomes)
Para conhecer o site, clique no link
http://www.censuramusical.com.br/

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

O que acontece nos porões das delegacias?

Descrição para cegos: imagem mostra um grupo de policiais formando uma barreira e atirando.
Após pouco mais de um ano do caso Amarildo, ajudante de pedreiro que desapareceu durante uma operação policial na Favela da Rocinha, a pergunta principal ainda persiste: afinal, onde está Amarildo?
Um estudo recente feito pela Anistia Internacional mostra que os abusos continuam sendo praticados na maior parte do mundo, inclusive no Brasil. De acordo com o relatório “Tortura em 2014 – 30 anos de promessas não cumpridas”, a tortura ocorre nos porões de delegacias, presídios e quartéis. Esses abusos são cometidos pelas forças de segurança de forma rotineira, principalmente durante o policiamento de manifestações, como os protestos ocorridos com a chegada da Copa do Mundo de 2014.
A investigação do caso de Amarildo Souza Lima concluiu que o pedreiro morreu em consequência de tortura sofrida na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha. O caso ganhou uma ampla repercussão, mas está longe de ser um fato isolado.
         50 anos após o fim da ditadura, militares ainda negam a existência da tortura institucionalizada, mesmo com todas as evidências de policiais violentos, corruptos e que contam com a impunidade para perpetuar atos brutais como o que vitimou Amarildo e tantos outros. Segundo a Anistia Internacional, muitos Governos combatem, outros toleram e alguns a adotam como política de estado. (Anne Nunes)

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Breves benefícios nos dois anos da Lei de Acesso à Informação

Imagem retirada da página da Controladoria Geral da União

A Lei de Acesso à Informação traz, para o cidadão comum, o seu direito à transparência; para os arquivistas, o seu papel de conscientizadores protagonistas; e, para os gestores públicos em esfera federal, estadual e municipal, evidencia a garantia do atendimento a população.

Esta lei já completou dois anos de funcionalidade e tornou obrigatório um melhor acesso à informação, maior transparência pública ativa e passiva (trâmites de atendimento para o público), gestão, direito e classificação informacional mais bem elaborada, além de formas de acompanhamento dos processos. É a consolidação da acessibilidade na esfera pública, uma conquista alicerçada desde maio de 2012, para todos os cidadãos. (Hermes Franco)
Para saber mais, clique no link:

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Elizabeth Teixeira e João Pedro Teixeira: sinônimo de luta e de dor

Descrição para cegos: trata-se de uma foto antiga, do casal Elizabeth e João Pedro sentados, cercados de 11 filhos e filhas. A primogênita, que também está sentada, segura o caçula, ainda um bebê, no colo.

Elizabeth Teixeira, paraibana, nascida em 13 de fevereiro de 1925, no município de Sapé, construiu uma vida em meio a lutas por justiça, terra, liberdade e perdas, provocadas pelo regime militar.
Elizabeth é viúva do líder camponês João Pedro Teixeira, que teve sua trajetória retratada em uma narrativa documental pelo cineasta Eduardo Coutinho. João Pedro fundou , em 1958, a Associação dos Lavradores e Trabalhadores Agrícolas de Sapé, a primeira liga camponesa fundada na Paraíba, que passou a atuar a partir da década de 1960, como ferramenta de organização do movimento agrário.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Ivo Herzog e a importância da retificação do atestado de óbito do pai

Descrição para cegos: a imagem mostra a certidão de óbito
de Vladimir Herzog.

Na quarta-feira 30 de julho, Ivo Herzog, filho do jornalista Vladimir Herzog, morto pela ditadura militar, falou sobre a importância da mudança do atestado de óbito de seu pai. O diretor do Instituto Vladimir Herzog participou da II Semana de Jornalismo, organizada pelo Centro Acadêmico de Jornalismo da UFPB.
No registro de 1975 (durante a ditadura militar) constava que Vladimir havia morrido por asfixia mecânica, imputando-se na época suicídio. No entanto, em 2012, a viúva Clarice Herzog solicitou a retificação do óbito, pedido este encaminhado à Justiça por Gilson Dipp, primeiro coordenador da Comissão Nacional da Verdade.
Ivo Herzog falou aos alunos e professores da Universidade Federal da Paraíba que a retificação do atestado de óbito de Vladimir Herzog representa uma “abertura da ‘porteira’ para que outras famílias de assassinados políticos sigam o caminho da busca pela verdade, já que a primeira certidão de óbito de Vladimir encobria a real causa da morte”.
Em 15 de Março de 2013 a família do jornalista recebeu um novo atestado de óbito do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (USP), que traz como causa da morte “lesões e maus tratos sofridos durante interrogatório nas dependências do 2º Exército DOI-Codi”.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

As memórias das guerras em minhas letras

Descrição para cegos: a imagem mostra o desenho de uma pomba com um ramo de oliveira no bico.
Foi-se o sol, o chão, a mãe e a filha. A saudade já não tinha mais morada, tamanho era o BOOO, o grito sem espera. A causa das nefastas e delinquentes escolhas nos deixaram sem memórias, sem afetos, e com um pesar que dura até os tempos vindouros.
Mas, haveremos de ressurgir o encanto, nos arquivos e nas falas de alguém que ainda restou, que ainda resta.
E quem ainda bem respira? O filho do soldado? Herói de quê, de quem? Da matança? Do perdido? Não!!! Hoje prefiro acreditar nas mãos de cura, nos bons moços que de um lado pro outro, de uma bomba pra outra, acolheram, cuidaram, buscaram a sã consciência em meio ao caos.
Rememorar, antes de tudo, mais que lembrar, é prestar uma gratidão, é se prostrar diante do que foi algo a mais, do que fez melhor, do que buscou fazer as mais sublimes lembranças, em momentos, onde muitos, só queria guerrear.

Eiiii!!! Hoje as palavras são bonitas, porque não é só de sangue que vivem as memórias. Não só foi de tristeza que os momentos que a guerra se sucedeu, viveram. Hoje, as palavra são memória e leveza, paz e gratidão. 
                                                                                                     Normando Junior

ANPUH-Paraíba promove encontro sobre os 50 anos do Golpe de 31 de março 1964

Descrição para cegos: a imagem mostra o cartaz de divulgação do evento, uma foto escura com um panfleto contendo o logotipo da UEPB.

         De 25 e 29 de agosto, a Universidade Estadual da Paraíba, campus Campina Grande, vai reunir pesquisadores, professores e estudantes do Norte e Nordeste para o 16º Encontro Estadual de História.
         O encontro será promovido pela Regional Paraíba da Associação Nacional de História e pela UEPB. O evento tem como tema “Poder, memória e resistência: 50 anos do Golpe de 1964”. Na ocasião, serão realizadas oficinas, mesas redondas, simpósios temáticos e mostra de filmes. Na quinta feira (28) acontecerá a audiência com a Comissão da Verdade e da Memória do Estado da Paraíba. (Polyanna Gomes)

Para mais informações acesse o link abaixo

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Comissão da Verdade da Fiocruz abre espaço para relatos de violações na área da saúde durante a ditadura

Descrição para cegos: imagem mostra logotipo da Comissão da Verdade, “comissão da” escrito em letras minúsculas seguido de um “Verdade” maior com um fundo vermelho.


Uma reportagem disponível no portal eletrônico da Rede Brasil traz informações sobre o espaço destinado no site da Comissão Nacional da Verdade da Reforma Sanitária que foi criado com a finalidade de colher relatos sobre violações na área da saúde durante a ditadura militar.
A Fiocruz lançou a Comissão da Verdade da Reforma Sanitária no ano passado, com o objetivo de registrar casos de repressão política com relação aos trabalhadores da área da saúde.
Para saber mais sobre as atividades que a comissão vem desenvolvendo acesse o endereço: (http://portal.fiocruz.br/pt-br/content/comissao-da-verdade-da-reforma-sanitaria-segue-com-diferentes-atividades). A reportagem em áudio da Rede Brasil Atual traz algumas informações importantes a respeito de como esse trabalho vem sendo feito. (Normando Junior)
Vale a pena conferir.  Acesse também o endereço:
http://www.redebrasilatual.com.br/radio/programas/jornal-brasil-atual/2014/07/site-colhe-relatos-sobre-violacoes-na-saude-durante-ditadura-militar

terça-feira, 22 de julho de 2014

Capoeira: um resgate à memória afro-brasileira

Descrição para cegos: imagem mostra um desenho de uma roda de Capoeira.
Desenho: Antônio Cláudio Massa
  
  Aprendi no ensino fundamental que a Capoeira foi introduzida no Brasil pelos negros africanos, e é uma arte/luta/dança genuinamente brasileira. É caracterizada por golpes complexos e ágeis. A origem da palavra vem do tupi-guarani, que significa "área de vegetação rasteira" - "caa", significa mato e "puera", que foi mato - local onde os escravos fugitivos se escondiam e formavam os quilombos.
    Contava ainda meu professor de História que, pela necessidade de se protegerem do chicote, os escravos dançavam à noite e, nessas coreografias, introduziam vários golpes giratórios e muitas vezes fatais, de acordo com a intensidade que chutavam. Na época expressava resistência à escravidão.

Filmes e Ditadura Militar no Brasil: duas histórias que nasceram para casar

Descrição para cegos: imagem mostra cena do filme “Manhã Cinzenta”: um militar puxando pessoas por uma corda.
Nada melhor do que o cinema para retratar situações que não conseguimos alcançar com nossos próprios olhos e ouvidos. O cinema é uma arte poderosa, que estimula zonas variadas de memórias.
Pensando nisso, e prioritariamente, atendendo o seguimento da temática “Direito à Memória e Verdade”, o nosso blog buscou via internet, indicações de filme cuja temática seja a ditadura militar e suas repercussões.
Nessa busca, nos deparamos com um portal eletrônico que fez uma seleção de onze filmes que nos ajudam a entender a história da ditadura militar no Brasil.
O portal ainda traz os resumos dos filmes, assim como suas respectivas abordagens. O material é muito bacana, e as dicas são imperdíveis. Aproveitem, pois resgatar é conhecer mais, mais do mundo em que se vive, e pelas narrativas das telas, melhor ainda, bem melhor. (Normando Junior)

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Elizabeth Teixeira fala das Ligas Camponesas em audiência pública realizada em Sapé


Descrição para cegos: foto de Elizabeth Teixeira falando no microfone.
Rememorar é conhecer mais da história, é educar-se, voltando ao passado. Buscando essa compreensão, o nosso blog, através do link abaixo, traz falas pontuais de Elizabeth Teixeira acerca do processo histórico das Ligas Camponesas, em audiência pública da Comissão Nacional da Verdade realizada na cidade de Sapé . Elizabeth é viúva do ex-líder camponês João Pedro Teixeira, e teve participação crucial no movimento dos trabalhadores do campo. (Normando Junior)

quarta-feira, 16 de julho de 2014

A Copa do Mundo de 1970

Descrição para cegos: O ditador Emílio Médici segura a taça da Copa de 1970 em frente ao palácio da Alvorada em meio a uma multidão.


O tema ditadura militar tem potencial para fomentar reflexões e discussões por remeter a um momento histórico de repressão, perseguição a opositores e falta de democracia. O que herdamos foram imagens, memórias e registros de violência e autoritarismo contra os seres humanos.
A Copa do Mundo de 1970, na qual o Brasil se tornou tricampeão, serviu como pano de fundo para um dos momentos mais duros do regime militar que se iniciou com o golpe de 1964.
Se a repressão diária não estampava os jornais, com a vitória triunfante da seleção comandada pelo técnico Zagalo e por uma equipe na qual se destacava o talento de Pelé, a ditadura aproveitou o momento para desviar ainda mais a atenção para o que acontecia nos cárceres e quartéis.
O Presidente Emílio Garrastazu Médici aproveitou o tricampeonato para obter uma taxa de aprovação de seu governo, o Brasil se tornou futebol, o futebol passou a simbolizar o governo. Os anos de chumbo se tornaram blindados, a publicidade que trazia o crescimento econômico, divulgada pelo governo e enfatizada pela mídia cúmplice, escondia o cenário de repressões, censuras e controle midiático. A seleção saiu campeã, e o governo também, proclamando a nação a cantar “Pra frente, Brasil! Salve a seleção”.


Anne Nunes

domingo, 13 de julho de 2014

1964: uma dose de poesia numa taça desconhecida

Descrição para cegos: Desenho da bandeira nacional com um homem nu amarrado na faixa “Ordem e Progresso” como em um pau de arara.
Era madrugada, e acordei assustado. Tive um sonho. Foi um pesadelo. Suspirei, e fiquei feliz por ter conseguido acordar. Triste, porém, pelo fato de que a consciência que me veio ter sido um tanto dura.

Viajei até os anos sessenta, me despi dos meus trajes e adereços presentes. Eu mesmo era o grito das ruas ensanguentadas. Era a voz da frente, que mesmo abafada, buscava o auto clarear. Me senti burlado, enganado.

Me via nos braços, eu mesmo sendo os braços de bravo da UNE, das mães e dos pais ocupados na preocupação de um regime que não media limites em suas ações. Eu fui ao regime militar. Eu fui ao Brasil que chorou.

Vivi a tristeza de um povo, eu mesmo fiquei tão triste. Fui aos anos noventa, cheguei aos anos dois mil. Senti que cheguei ao meu eu, ao momento presente. Senti que há muitas lembranças, ainda, lá atrás, que clamam vir ao presente, clamam pular o pesadelo, acordar, e respirar o ar, que um dia lhes tomaram.
         
                                                                                         Normando Junior

terça-feira, 8 de julho de 2014

Escola destina espaço à memória das Ligas Camponesas e homenageia Nego Fuba

Descrição para cegos: Foto antiga de Nego Fuba vestindo um
paletó e com um bigode.
Com a finalidade de rememorar o movimento das Ligas Camponesas e sua ligação com o município de Sapé, a professora de História Áuclia de Lucena Gomes, que leciona no prédio da escola Gentil Lins, onde foram realizadas as primeiras reuniões das Ligas de Sapé, resolveu criar junto com seus alunos, em uma das salas localizada no pátio em que os trabalhadores se reuniam, um canal de acesso direto a fotos, textos e criações artísticas fazendo alusão ao movimento. O ambiente, que agora é memorial e sala de aula ao mesmo tempo, recebeu o nome de "Memorial Nego Fuba", em homenagem a um dos líderes das Ligas, e também desaparecido político pela ditadura militar.

Em meados de 1958, a cidade de Sapé, distante 55 km da capital João Pessoa, ensaiava os primeiros passos do que viria a ser um dos movimentos de maior cunho popular do país: as Ligas Camponesas. Sob comando do trabalhador rural João Pedro Teixeira e com a finalidade de promover a reforma agrária, o movimento logo tomou maiores proporções e repercutiu em vários estados do Brasil.

Além de receber apoio por parte de muitos parlamentares, a exemplo de Assis Lemos, na época Deputado Estadual, e Miguel Arraes, Governador de Pernambuco, as Ligas Camponesas ganharam forte respaldo popular, fomentando as práticas de educação e alfabetização para uma massa de quase 80% de analfabetos.

Situado em Sapé, o Memorial atrela práticas educativas ao resgate da cultura local e, junto com o Memorial das Ligas Camponesas, também localizado naquela cidade, forma um amplo ambiente de discussões históricas.

                                                                                             Normando Junior

Documentos apontam relação dos EUA com o golpe de 1964


Descrição para cegos: Multidão segurando um cartaz “Abaixo a ditadura! Povo no poder!"

O que eram apenas especulações e "achismos" para alguns, tornou-se um fato, agora divulgado. No portal eletrônico da página de política do Estadão, uma matéria explora pontos do envolvimento dos Estados Unidos com o Brasil durante a ditadura militar, evidenciando o conhecimento daquele país com relação às torturas realizadas aqui. (Normando Junior)

Acesse o link: http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,documentos-dos-eua-mostram-que-pais-sabia-de-torturas-da-ditadura-militar-no-brasil,1522532

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Projeto cria plataforma para divulgação de manifestações culturais

Descrição para cegos: 4 Folhetos expostos em uma mesa para divulgação da plataforma Pamin (Patrimônio, memória e interatividade)


A memória cultural é formada por heranças, sejam elas musicais, teatrais, de cinema, de danças, enfim, de toda manifestação que se associem a experiências coletivas, e ao conhecimento popular. O Brasil é conhecido mundialmente pela sua diversidade cultural, e foi pensando assim que o Pamin foi criado.

Pamin significa Patrimônio, Memória e Interatividade, e é um programa de extensão da Universidade Federal da Paraíba, financiado pelo Ministério da Educação em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan. O Pamin é uma plataforma digital que foi criada com apoio do Laboratório de Aplicações de Vídeo Digital da UFPB, o Lavid, para divulgação de manifestações artístico-culturais dos bairros periféricos da cidade de João Pessoa.

Em uma entrevista para o Programa Espaço Experimental do Laboratório de Radiojornalismo da UFPB, a coordenadora do programa Luciana Chianca fala sobre a plataforma e sua importância para a democratização do acesso às produções culturais da periferia.

sábado, 14 de junho de 2014

As Memórias e as Comissões da Verdade

Descrição para cegos: Faixa escrita Comissão Nacional da Verdade
                
               Lembrar, sempre é bom, e isso parece lógico. Lembranças, por mais perturbativas que sejam, corroboram para a construção do presente, e resulta em nos colocar em um certo eixo. É preciso, antes, entender que o direito à Memória é algo que nos deve ser dado na integralidade, mesmo que na prática, aconteça muito diferente disso. A memória nem sempre é um bem coletivo. E mesmo os eventos coletivos, são dotados de individualidades. Individualidades que acabam se resguardando.
                É louvável que, para fins de estudo, e da própria composição cultural nossa, tenhamos uma noção do nosso percurso. Isso demanda investigação e mexe com memórias. Memórias que evitam ser faladas.
                O que as comissões que buscam alcançar memórias de acontecimentos passados fazem, é tentar resgatar dados que foram, por alguma razão, não guardados, e hoje nos deixam de certa forma em um vácuo. Devemos, então, nos mobilizar na busca de trajetos que ficaram isolados e que precisam ser resgatados. As comissões da verdade já estão dando os primeiros passos.

                                                                                                          Normando Junior

domingo, 8 de junho de 2014

Morro por um País - a memória da tortura


Descrição para cegos: Fernando Kinas e Fernanda Azevedo entre
 um boneco tamanho real de madeira.
A peça Morro como um País traz uma discussão a respeito da ditadura. Os presos, os torturados, os desaparecidos... A atriz paulistana Fernanda Azevedo desempenha um papel brilhante, com uma atuação impecável. O pensamento crítico no teatro e as formas de fazer arte com uma ideia de gerar conhecimento e reflexão, é um dos objetivos da Companhia de Teatro Kiwi de São Paulo. Vale a pena ouvir! Entrevista realizada para o programa Espaço Experimental, do Laboratório de Radiojornalismo da UFPB. (Polyanna Gomes)


sexta-feira, 6 de junho de 2014

Índio não ‘querer’ apito, índio ‘querer’ direitos: A história do Relatório Figueiredo

Descrição para cegos: Exposição do Memorial dos Povos Indígenas em Brasília com fotos nas paredes e artesanatos.
Foto: Polyanna Gomes
Quando estávamos no ensino fundamental e o professor fazia a pergunta “Quem descobriu o Brasil”? Todos gritavam “Pedro Álvares Cabral”. Sim, talvez tenha descoberto mesmo, mas o Brasil já tinha donos e estes não usavam roupas europeias, não tinham a pele branca e nem sequer sabiam o sentido da palavra “Descobrimento”.

Diversos povos indígenas habitavam o Brasil muito tempo antes da chegada dos Portugueses em 1500. Cada povo possuía sua própria cultura, religião e costumes. Viviam da caça, pesca e agricultura e tinham contato com a natureza. Os índios viviam em tribos e tinham na figura do cacique o chefe político e administrativo.

Mas... eis que eles descobriram o sentido da palavra descobrimento: foram enganados, explorados, escravizados e, em muitos casos, massacrados pelos portugueses. Perderam terras e foram forçados a abandonar sua cultura em favor da europeia.

Os tempos passaram, mas a situação indígena não ficou assim, tão diferente...

Entre os anos de 1967 e 1968, uma comissão organizada pelo Ministério do Interior havia concluído um relatório sobre irregularidades no Sistema de Proteção ao Índio (SPI). O documento ficou reconhecido como Relatório Figueiredo, por causa do nome de seu coordenador, o procurador Jader de Figueiredo Correia. Nesse relatório constavam inúmeros abusos de poder contra os indígenas. Havia exploração ilegal da terra e do trabalho indígena, e situações de escravidão. O procurador Figueiredo encontrou prisões malcheirosas e constatou castigos físicos, torturas e humilhações, produzidas pelos responsáveis pelos postos indígenas.

O site do jornal O Globo do Rio de Janeiro, publicou um texto do professor Carlos Augusto da Rocha Freire, doutor em Antropologia Social e coordenador de Divulgação Científica do Museu do Índio, relatando a história do documento e as memórias dos povos indígenas.

         

Polyanna Gomes

sexta-feira, 30 de maio de 2014

As Esferas de Poder e o Acesso à Informação Pública

Quando procuramos tratar da natureza de um assunto documental, adentramos no campo da Lei 12.527/2011, e daí nutrimos uma nítida relação com a objetivada e esperada transparência pública. Neste mês de maio, comemoramos o segundo ano da Lei de Acesso à Informação em nosso país, e em levantamento realizado pela Controladoria Geral da União (CGU), até o último dia 15 do corrente mês, mais de 176 mil pedidos foram feitos ao Poder Executivo Federal, com 97,55% de respostas obtidas. 
Segundo a ONG Artigo 19, uma consolidação democrática vem sendo correspondida nos órgãos Legislativo e Executivo, mas ainda carece de um maior cuidado no poder Judiciário. 
Saiba mais: http://artigo19.org/?p=4818
Hermes Franco

segunda-feira, 26 de maio de 2014

João Pessoa recebe capacitações do programa Brasil Transparente

Descrição para cegos: Mapa do Brasil formado por diversos quadrados de tamanhos diferentes e a frase “Brasil transparente”. Imagem reproduzida do portal da Controladoria-Geral da União.
Nestas terça (27) e quarta-feira (28) acontecem as capacitações do programa Brasil Transparente, em João Pessoa. Os encontros serão realizados no auditório do Ministério da Fazenda, para vereadores e servidores de câmaras e prefeituras. 

A iniciativa é uma parceria da Assembleia Legislativa da Paraíba – ALPB, com a Controladoria-Geral da União (CGU).Os municípios de Sousa, Patos, Cajazeiras, Guarabira, Monteiro e Campina Grande já receberam as capacitações. Mais de 300 servidores públicos já foram capacitados.

A inscrição para a capacitação do Brasil Transparente é gratuita e pode ser feita pelo portal da Assembleia Legislativa através do link: http://www.al.pb.gov.br/  ou no local do evento.

Mas, afinal, o que é Brasil Transparente?

Trata-se de um programa criado pela Controladoria-Geral da Uniāo (CGU) visando auxiliar Estados e Municípios na implementação de medidas de governo transparente, como prevê a Lei de Acesso à Informação (LAI). O foco é facilitar as burocracias a fim de proporcionar um governo aberto e o mais transparente possível para a população.
  
Qual a importância do evento?

O caminho para fazer valer de fato a Lei de Acesso à Informação é longo, mas eventos dessa natureza propiciam uma reeducação no que diz respeito às práticas burocráticas e lentas da nossa legislação. A lei existe, mas a sua eficácia ainda é questionável. Iniciativas como esta podem mudar essa realidade.


Andrezza Carla