terça-feira, 8 de julho de 2014

Escola destina espaço à memória das Ligas Camponesas e homenageia Nego Fuba

Descrição para cegos: Foto antiga de Nego Fuba vestindo um
paletó e com um bigode.
Com a finalidade de rememorar o movimento das Ligas Camponesas e sua ligação com o município de Sapé, a professora de História Áuclia de Lucena Gomes, que leciona no prédio da escola Gentil Lins, onde foram realizadas as primeiras reuniões das Ligas de Sapé, resolveu criar junto com seus alunos, em uma das salas localizada no pátio em que os trabalhadores se reuniam, um canal de acesso direto a fotos, textos e criações artísticas fazendo alusão ao movimento. O ambiente, que agora é memorial e sala de aula ao mesmo tempo, recebeu o nome de "Memorial Nego Fuba", em homenagem a um dos líderes das Ligas, e também desaparecido político pela ditadura militar.

Em meados de 1958, a cidade de Sapé, distante 55 km da capital João Pessoa, ensaiava os primeiros passos do que viria a ser um dos movimentos de maior cunho popular do país: as Ligas Camponesas. Sob comando do trabalhador rural João Pedro Teixeira e com a finalidade de promover a reforma agrária, o movimento logo tomou maiores proporções e repercutiu em vários estados do Brasil.

Além de receber apoio por parte de muitos parlamentares, a exemplo de Assis Lemos, na época Deputado Estadual, e Miguel Arraes, Governador de Pernambuco, as Ligas Camponesas ganharam forte respaldo popular, fomentando as práticas de educação e alfabetização para uma massa de quase 80% de analfabetos.

Situado em Sapé, o Memorial atrela práticas educativas ao resgate da cultura local e, junto com o Memorial das Ligas Camponesas, também localizado naquela cidade, forma um amplo ambiente de discussões históricas.

                                                                                             Normando Junior

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