terça-feira, 22 de julho de 2014

Capoeira: um resgate à memória afro-brasileira

Descrição para cegos: imagem mostra um desenho de uma roda de Capoeira.
Desenho: Antônio Cláudio Massa
  
  Aprendi no ensino fundamental que a Capoeira foi introduzida no Brasil pelos negros africanos, e é uma arte/luta/dança genuinamente brasileira. É caracterizada por golpes complexos e ágeis. A origem da palavra vem do tupi-guarani, que significa "área de vegetação rasteira" - "caa", significa mato e "puera", que foi mato - local onde os escravos fugitivos se escondiam e formavam os quilombos.
    Contava ainda meu professor de História que, pela necessidade de se protegerem do chicote, os escravos dançavam à noite e, nessas coreografias, introduziam vários golpes giratórios e muitas vezes fatais, de acordo com a intensidade que chutavam. Na época expressava resistência à escravidão.
    Hoje a capoeira é reconhecida como manifestação cultural. Deixou de ser somente uma roda de dança e música, para se tornar atividade de instrumento pedagógico em salas de aula e de fontes de pesquisa, história e cultura afro-brasileira.
     Do século XIX até início da década de 1930, criminalizou-se a capoeira e a polícia punia quem a praticasse nas ruas. Em 1904 o Rio de Janeiro repreendia fortemente os praticantes e até deportava pessoas pra outras regiões do país, como foi representado na novela Lado a Lado, da Rede Globo.
     Em 1972 a Capoeira foi declarada "esporte" pelo Conselho Nacional de Desportos e sua prática é regulamentada oficialmente através da Confederação Brasileira de Pugilismo. Em 1974 foi criada a primeira Federação de Capoeira, em São Paulo, e, em 1984, a segunda, no Rio de Janeiro. Necessita ainda que surja em um terceiro estado para que se possa criar a Confederação Nacional de Capoeira.
     É inegável que a capoeira contribui para a valorização da cultura, e representa uma parte do patrimônio cultural brasileiro, além de expressar as memórias afro-brasileiras e contribuir para criar sua própria identidade. A capoeira mostra hoje o que antes era a luta pela liberdade de um povo, de uma raça. É uma verdadeira manifestação cultural. (Polyanna Gomes)

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