quarta-feira, 13 de agosto de 2014

O que acontece nos porões das delegacias?

Descrição para cegos: imagem mostra um grupo de policiais formando uma barreira e atirando.
Após pouco mais de um ano do caso Amarildo, ajudante de pedreiro que desapareceu durante uma operação policial na Favela da Rocinha, a pergunta principal ainda persiste: afinal, onde está Amarildo?
Um estudo recente feito pela Anistia Internacional mostra que os abusos continuam sendo praticados na maior parte do mundo, inclusive no Brasil. De acordo com o relatório “Tortura em 2014 – 30 anos de promessas não cumpridas”, a tortura ocorre nos porões de delegacias, presídios e quartéis. Esses abusos são cometidos pelas forças de segurança de forma rotineira, principalmente durante o policiamento de manifestações, como os protestos ocorridos com a chegada da Copa do Mundo de 2014.
A investigação do caso de Amarildo Souza Lima concluiu que o pedreiro morreu em consequência de tortura sofrida na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha. O caso ganhou uma ampla repercussão, mas está longe de ser um fato isolado.
         50 anos após o fim da ditadura, militares ainda negam a existência da tortura institucionalizada, mesmo com todas as evidências de policiais violentos, corruptos e que contam com a impunidade para perpetuar atos brutais como o que vitimou Amarildo e tantos outros. Segundo a Anistia Internacional, muitos Governos combatem, outros toleram e alguns a adotam como política de estado. (Anne Nunes)

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