Descrição para cegos: imagem mostra um grupo de policiais formando uma barreira e atirando. |
Após
pouco mais de um ano do caso Amarildo, ajudante de pedreiro que desapareceu
durante uma operação policial na Favela da Rocinha, a pergunta principal ainda
persiste: afinal, onde está Amarildo?
Um
estudo recente feito pela Anistia Internacional mostra que os abusos continuam
sendo praticados na maior parte do mundo, inclusive no Brasil. De acordo com o
relatório “Tortura em 2014 – 30 anos de promessas não cumpridas”, a tortura
ocorre nos porões de delegacias, presídios e quartéis. Esses abusos são
cometidos pelas forças de segurança de forma rotineira, principalmente durante
o policiamento de manifestações, como os protestos ocorridos com a chegada da
Copa do Mundo de 2014.
A
investigação do caso de Amarildo Souza Lima concluiu que o pedreiro morreu em consequência
de tortura sofrida na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha. O caso
ganhou uma ampla repercussão, mas está longe de ser um fato isolado.
50 anos após o fim da ditadura, militares ainda
negam a existência da tortura institucionalizada, mesmo com todas as evidências
de policiais violentos, corruptos e que contam com a impunidade para perpetuar
atos brutais como o que vitimou Amarildo e tantos outros. Segundo a Anistia Internacional,
muitos Governos combatem, outros toleram e alguns a adotam como política de
estado. (Anne Nunes)
Nenhum comentário:
Postar um comentário