Descrição para cegos: Pasta com aspecto velho que contem a frase: “Memória e verdade”. Imagem reproduzida do portal eletrônico do Centro de Direiros Humanos de Palmas (CDHP) |
Ainda quando criança, mais precisamente a partir da tomada de
consciência (percepção da subjetividade), o individuo se reconhece enquanto um
"eu" inserido num mundo repleto de outros "eu". Esse
processo de reconhecimento, e inserção social/socialização do indivíduo no
todo, só é possível via instrumentalização da linguagem, que, como uma ponte,
propicia as trocas de pensamentos e consequentemente a efetivação mais ampla da
memória e o reconhecimento das primeiras verdades.
O que essas primeiras linhas arriscam dizer, é que, por sermos sujeitos pensantes, e provedores do mecanismo de manipulação simbólica (a língua) desde cedo nos tornamos seres essencialmente no direito de tomar conhecimento das memórias que nos "afetam", ter acesso a outras realidades que nos contextualizam direta ou indiretamente, a consciências muitas vezes obscurecidas que nos trariam um tanto mais de compreensão da temporalidade e do espaço em que estamos inseridos.
Ou seja, o termo "Memória e Verdade" é amplo e difuso e
extremamente correlato, mais recorrentemente associado a algo que precisa vir a
tona, da natureza dos resgastes históricos de fatos políticos ou sociais, mas,
ao mesmo tempo, nitidamente visível quando se começa a compreender que a
memória é acionada através da verdade nos primeiros anos de vida, ainda mesmo
dentro de casa, quando os primeiros caminhos são abertos, e as primeiras
palavras são ditas, no momento em que vamos nos tornando junto ao mundo, um só.
Assim, quando se compreender o quão grande é essa base, talvez lá na frente, ou lá fora, os regates de memórias históricas não sejam mais resgates, sejam apenas acessos.
Assim, quando se compreender o quão grande é essa base, talvez lá na frente, ou lá fora, os regates de memórias históricas não sejam mais resgates, sejam apenas acessos.
Normando Junior
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