domingo, 11 de maio de 2014

Documento: registro atemporal

Carta de elevação do Brasil à categoria de Reino Unido ao de Portugal e Algarves (Foto: Divulgação / Arquivo Nacional)

A construção da identidade de um estado ou nação passa pela preservação e acessibilidade informacional de seus documentos. E é no resguardo de uma documentação que se compila a memória como material característico de um povo, em um espaço e tempo da história. Também é daí que se vê o documento (independente do suporte) como um resquício precioso, um registro de identidade nacional.

Se passamos da linguagem gestual para a oral e depois chegamos a escrita, o local de guarda (arquivo) segue o processo evolutivo como último ponto de segurança da informação. Mas é preciso ver o Arquivo como um lugar orgânico, vivo e com uma temporalidade assegurada, para só assim entender que o documento (seu produto) é um registro de informação.


Transformações sociais que ocorrem no tempo nascem com uma junção de dados, passando por informações captadas, chegando ao registro. Se a história fosse o simples nascimento de um ser humano, a documentação seria sua certidão de nascimento, ou seja, sua forma de existir oficialmente para o Estado.


Hermes Franco

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