sexta-feira, 25 de julho de 2014

Comissão da Verdade da Fiocruz abre espaço para relatos de violações na área da saúde durante a ditadura

Descrição para cegos: imagem mostra logotipo da Comissão da Verdade, “comissão da” escrito em letras minúsculas seguido de um “Verdade” maior com um fundo vermelho.


Uma reportagem disponível no portal eletrônico da Rede Brasil traz informações sobre o espaço destinado no site da Comissão Nacional da Verdade da Reforma Sanitária que foi criado com a finalidade de colher relatos sobre violações na área da saúde durante a ditadura militar.
A Fiocruz lançou a Comissão da Verdade da Reforma Sanitária no ano passado, com o objetivo de registrar casos de repressão política com relação aos trabalhadores da área da saúde.
Para saber mais sobre as atividades que a comissão vem desenvolvendo acesse o endereço: (http://portal.fiocruz.br/pt-br/content/comissao-da-verdade-da-reforma-sanitaria-segue-com-diferentes-atividades). A reportagem em áudio da Rede Brasil Atual traz algumas informações importantes a respeito de como esse trabalho vem sendo feito. (Normando Junior)
Vale a pena conferir.  Acesse também o endereço:
http://www.redebrasilatual.com.br/radio/programas/jornal-brasil-atual/2014/07/site-colhe-relatos-sobre-violacoes-na-saude-durante-ditadura-militar

terça-feira, 22 de julho de 2014

Capoeira: um resgate à memória afro-brasileira

Descrição para cegos: imagem mostra um desenho de uma roda de Capoeira.
Desenho: Antônio Cláudio Massa
  
  Aprendi no ensino fundamental que a Capoeira foi introduzida no Brasil pelos negros africanos, e é uma arte/luta/dança genuinamente brasileira. É caracterizada por golpes complexos e ágeis. A origem da palavra vem do tupi-guarani, que significa "área de vegetação rasteira" - "caa", significa mato e "puera", que foi mato - local onde os escravos fugitivos se escondiam e formavam os quilombos.
    Contava ainda meu professor de História que, pela necessidade de se protegerem do chicote, os escravos dançavam à noite e, nessas coreografias, introduziam vários golpes giratórios e muitas vezes fatais, de acordo com a intensidade que chutavam. Na época expressava resistência à escravidão.

Filmes e Ditadura Militar no Brasil: duas histórias que nasceram para casar

Descrição para cegos: imagem mostra cena do filme “Manhã Cinzenta”: um militar puxando pessoas por uma corda.
Nada melhor do que o cinema para retratar situações que não conseguimos alcançar com nossos próprios olhos e ouvidos. O cinema é uma arte poderosa, que estimula zonas variadas de memórias.
Pensando nisso, e prioritariamente, atendendo o seguimento da temática “Direito à Memória e Verdade”, o nosso blog buscou via internet, indicações de filme cuja temática seja a ditadura militar e suas repercussões.
Nessa busca, nos deparamos com um portal eletrônico que fez uma seleção de onze filmes que nos ajudam a entender a história da ditadura militar no Brasil.
O portal ainda traz os resumos dos filmes, assim como suas respectivas abordagens. O material é muito bacana, e as dicas são imperdíveis. Aproveitem, pois resgatar é conhecer mais, mais do mundo em que se vive, e pelas narrativas das telas, melhor ainda, bem melhor. (Normando Junior)

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Elizabeth Teixeira fala das Ligas Camponesas em audiência pública realizada em Sapé


Descrição para cegos: foto de Elizabeth Teixeira falando no microfone.
Rememorar é conhecer mais da história, é educar-se, voltando ao passado. Buscando essa compreensão, o nosso blog, através do link abaixo, traz falas pontuais de Elizabeth Teixeira acerca do processo histórico das Ligas Camponesas, em audiência pública da Comissão Nacional da Verdade realizada na cidade de Sapé . Elizabeth é viúva do ex-líder camponês João Pedro Teixeira, e teve participação crucial no movimento dos trabalhadores do campo. (Normando Junior)

quarta-feira, 16 de julho de 2014

A Copa do Mundo de 1970

Descrição para cegos: O ditador Emílio Médici segura a taça da Copa de 1970 em frente ao palácio da Alvorada em meio a uma multidão.


O tema ditadura militar tem potencial para fomentar reflexões e discussões por remeter a um momento histórico de repressão, perseguição a opositores e falta de democracia. O que herdamos foram imagens, memórias e registros de violência e autoritarismo contra os seres humanos.
A Copa do Mundo de 1970, na qual o Brasil se tornou tricampeão, serviu como pano de fundo para um dos momentos mais duros do regime militar que se iniciou com o golpe de 1964.
Se a repressão diária não estampava os jornais, com a vitória triunfante da seleção comandada pelo técnico Zagalo e por uma equipe na qual se destacava o talento de Pelé, a ditadura aproveitou o momento para desviar ainda mais a atenção para o que acontecia nos cárceres e quartéis.
O Presidente Emílio Garrastazu Médici aproveitou o tricampeonato para obter uma taxa de aprovação de seu governo, o Brasil se tornou futebol, o futebol passou a simbolizar o governo. Os anos de chumbo se tornaram blindados, a publicidade que trazia o crescimento econômico, divulgada pelo governo e enfatizada pela mídia cúmplice, escondia o cenário de repressões, censuras e controle midiático. A seleção saiu campeã, e o governo também, proclamando a nação a cantar “Pra frente, Brasil! Salve a seleção”.


Anne Nunes

domingo, 13 de julho de 2014

1964: uma dose de poesia numa taça desconhecida

Descrição para cegos: Desenho da bandeira nacional com um homem nu amarrado na faixa “Ordem e Progresso” como em um pau de arara.
Era madrugada, e acordei assustado. Tive um sonho. Foi um pesadelo. Suspirei, e fiquei feliz por ter conseguido acordar. Triste, porém, pelo fato de que a consciência que me veio ter sido um tanto dura.

Viajei até os anos sessenta, me despi dos meus trajes e adereços presentes. Eu mesmo era o grito das ruas ensanguentadas. Era a voz da frente, que mesmo abafada, buscava o auto clarear. Me senti burlado, enganado.

Me via nos braços, eu mesmo sendo os braços de bravo da UNE, das mães e dos pais ocupados na preocupação de um regime que não media limites em suas ações. Eu fui ao regime militar. Eu fui ao Brasil que chorou.

Vivi a tristeza de um povo, eu mesmo fiquei tão triste. Fui aos anos noventa, cheguei aos anos dois mil. Senti que cheguei ao meu eu, ao momento presente. Senti que há muitas lembranças, ainda, lá atrás, que clamam vir ao presente, clamam pular o pesadelo, acordar, e respirar o ar, que um dia lhes tomaram.
         
                                                                                         Normando Junior

terça-feira, 8 de julho de 2014

Escola destina espaço à memória das Ligas Camponesas e homenageia Nego Fuba

Descrição para cegos: Foto antiga de Nego Fuba vestindo um
paletó e com um bigode.
Com a finalidade de rememorar o movimento das Ligas Camponesas e sua ligação com o município de Sapé, a professora de História Áuclia de Lucena Gomes, que leciona no prédio da escola Gentil Lins, onde foram realizadas as primeiras reuniões das Ligas de Sapé, resolveu criar junto com seus alunos, em uma das salas localizada no pátio em que os trabalhadores se reuniam, um canal de acesso direto a fotos, textos e criações artísticas fazendo alusão ao movimento. O ambiente, que agora é memorial e sala de aula ao mesmo tempo, recebeu o nome de "Memorial Nego Fuba", em homenagem a um dos líderes das Ligas, e também desaparecido político pela ditadura militar.

Em meados de 1958, a cidade de Sapé, distante 55 km da capital João Pessoa, ensaiava os primeiros passos do que viria a ser um dos movimentos de maior cunho popular do país: as Ligas Camponesas. Sob comando do trabalhador rural João Pedro Teixeira e com a finalidade de promover a reforma agrária, o movimento logo tomou maiores proporções e repercutiu em vários estados do Brasil.

Além de receber apoio por parte de muitos parlamentares, a exemplo de Assis Lemos, na época Deputado Estadual, e Miguel Arraes, Governador de Pernambuco, as Ligas Camponesas ganharam forte respaldo popular, fomentando as práticas de educação e alfabetização para uma massa de quase 80% de analfabetos.

Situado em Sapé, o Memorial atrela práticas educativas ao resgate da cultura local e, junto com o Memorial das Ligas Camponesas, também localizado naquela cidade, forma um amplo ambiente de discussões históricas.

                                                                                             Normando Junior

Documentos apontam relação dos EUA com o golpe de 1964


Descrição para cegos: Multidão segurando um cartaz “Abaixo a ditadura! Povo no poder!"

O que eram apenas especulações e "achismos" para alguns, tornou-se um fato, agora divulgado. No portal eletrônico da página de política do Estadão, uma matéria explora pontos do envolvimento dos Estados Unidos com o Brasil durante a ditadura militar, evidenciando o conhecimento daquele país com relação às torturas realizadas aqui. (Normando Junior)

Acesse o link: http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,documentos-dos-eua-mostram-que-pais-sabia-de-torturas-da-ditadura-militar-no-brasil,1522532

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Projeto cria plataforma para divulgação de manifestações culturais

Descrição para cegos: 4 Folhetos expostos em uma mesa para divulgação da plataforma Pamin (Patrimônio, memória e interatividade)


A memória cultural é formada por heranças, sejam elas musicais, teatrais, de cinema, de danças, enfim, de toda manifestação que se associem a experiências coletivas, e ao conhecimento popular. O Brasil é conhecido mundialmente pela sua diversidade cultural, e foi pensando assim que o Pamin foi criado.

Pamin significa Patrimônio, Memória e Interatividade, e é um programa de extensão da Universidade Federal da Paraíba, financiado pelo Ministério da Educação em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan. O Pamin é uma plataforma digital que foi criada com apoio do Laboratório de Aplicações de Vídeo Digital da UFPB, o Lavid, para divulgação de manifestações artístico-culturais dos bairros periféricos da cidade de João Pessoa.

Em uma entrevista para o Programa Espaço Experimental do Laboratório de Radiojornalismo da UFPB, a coordenadora do programa Luciana Chianca fala sobre a plataforma e sua importância para a democratização do acesso às produções culturais da periferia.